Opinião

O Furacão e as divagações sobre o seu futuro técnico

Por
Augusto Mafuz
08/03/2022 15:25 - Atualizado: 04/10/2023 16:54
Alberto Valentim, técnico do Athletico
Alberto Valentim, técnico do Athletico | Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes

Sempre que há movimento para Mario Celso Petraglia demitir Alberto Valentim, o treinador deve pensar: “Não serei demitido. Sou amigo do Petraglia e ele acha que estou certo”.

Valentim não é só incapaz para comandar o Furacão. É ingênuo para conhecer as pessoas, embora, às vezes, a ingenuidade seja elemento voluntário de defesa. Quer dizer: a pessoa se faz de ingênua com o propósito de ter vantagens. Valentim não aprendeu (ou aprendeu, e faz de conta que não) que um ditador não tem amigos, só tem cúmplices. Em regra, para o mal, mas, pode tê-los para o bem.

Mario Celso Petraglia não entende de futebol, já é incapaz confesso. No entanto, sabe quando as coisas alcançam um limite. Envergonhado, como todos os atleticanos, pela conduta do time na derrota para o Palmeiras (2 a 0), na final da Recopa Sul-Americana, já começou a trocar ideias com o seu novo cúmplice, Alexandre Mattos.

As ideias de Mattos e Petraglia se conciliam: é certo que há jogadores para se formar um bom time, mas há fortes dúvidas, quase no estágio da certeza, se Valentim vai conseguir ordená-los. Aqui, entre parênteses, afirmo: sem ser amigo ou cúmplice, sou daqueles que tem as mesmas ideias. Se, ainda, há carências individuais, há um grupo que bem ordenado é capaz de formar um time para competir. Com um grande meia e um grande atacante é capaz de bater nas reservas das expectativas que são limitadas na arquibancada.

No escurinho da Baixada, já se buscam alternativas.  

Demitindo Valentim, Petraglia entende que Lucho González seria a solução imediata. Mattos já entende que o Furacão deve entrar em outro “patamar” de treinador.  Se, ainda, não ocorreu uma coincidência de encontrar Cuca em Curitiba, Mattos pode provocar essa coincidência.

Cuca não gostaria de trabalhar em Curitiba. Entende que a pressão que ele absorve sozinho, em outro lugar ou aqui, alcança diretamente a sua família. Isso é coisa de Levir Culpi. Como Mattos e Petraglia se dizem “encantadores de pessoas”, talvez consigam levar Cuca para o Furacão.

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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