Opinião

Em Lima, o Athletico joga no seu limite. E perde

Athletico perdeu para o Melgar no Peru

Em Lima, pela Sul-Americana, Melgar 1×0 Athletico. 

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Para a análise da derrota é preciso descartar de imediato de que o jogo foi em um ambiente adverso. Lima, como Curitiba, está no nível da marca. O Estádio Nacional é imenso, e sem público como a Baixada, torna-se neutro. O sentimento de jogar em casa é mais influência interior.

É preciso dissertar esse fato para enfrentar a questão mais importante: o fato de decidir a classificação na Baixada vai fazer o Furacão jogar mais do que jogou em Lima? Não se pode esquecer de que na Baixada para vencer o primário Metropolitanos foi preciso de um gol casual de Kayzer.

As coisas podem até ter outro rumo, mas, não arrisco afirmar que será assim. É que o Athletico, em Lima, não jogou mal. E é aí que que surge o maior problema: jogou no seu limite. Para jogar mais será necessário um fato de exceção, que o futebol não recepciona se não tiver qualidade individual.

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E, se não bastasse essa carência, a ordem de jogo sob o pretexto de ser moderna, imobiliza o time parecendo estar coberto de gesso na medida em que o time é previsível por trocar passes laterais, sem nenhuma profundidade.

É tão previsível, que querendo ser disciplinado, torna-se estático, sem nenhuma variação. O Athletico de Autuori e António Oliveira faz tudo o que o modernismo que diz pregar, discorda. A prova desse estado é que teve 65% de posse de bola e uma única chance para marcar, com Kayzer, em falha do adversário.

O gol que tomou aos cinco minutos da etapa final mostrou a deficiência individual e tática do time. O sofrível Melgar, jogando em cima de um desprovido Erick, arrumou uma bola cruzada que foi jogada de calcanhar por Iberico para Bordacahar marcar.

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Com Jadson se criou uma luz, mas que logo se apagou quando ficou sem espaço. E aí começou a penca de alterações, e a ordem de jogo definitivamente se tornou uma desordem. E a obra de Autuori, de nome Matheus Babi (R$12 milhões), que veio como goleador, acabando o jogo dando carrinho na marcação.

Considerando que a vaga pode ser decidida no critério de gol, a derrota só por 1 a 0 pode mais tarde acabar sendo um bom achado.

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