Opinião

Coritiba perde o jogo, a invencibilidade e pode ficar sem o Couto Pereira

Brasileirão, Couto Pereira: Coritiba 0x2 Palmeiras.

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A invencibilidade coxa no Couto Pereira não resistiu ao Palmeiras. Nada mais natural. Era daqueles jogos em que, por mais que ocorram fatos imprevisíveis, a lógica sempre prevalece. E, então, a conclusão é inevitável: ganha o melhor.

O 2 a 0 pode até sugerir que foi um jogo de ações parelhas. Mas no futebol em que a solução é dada pela lógica, o número do placar é apenas detalhe.

A análise sob esse ponto de vista exalta o Palmeiras, mas não diminui o Coritiba. Esse, ao contrário, pelas circunstâncias, fez um jogo razoável. Febril pelo entusiasmo, usou os seus picos conservadores de marcação e velocidade.

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Ocorre que o Palmeiras, sob o aspecto tático, é um time equilibrado. Contra ele, não basta alcançar a improvável perfeição. É necessário ter um fator que iguale e depois desequilibre. Parecendo ser dirigido por controle remoto, organiza-se com perfeição para o exercício de qualquer função.

Não há como soprepor o seu meio de Danilo, Zé Rafael e Scarpa. Quando não tem Raphael Veiga, tem Veron. Todos conseguem ser volantes, meias, pontas e atacantes em uma única jogada.

Ganhando a bola, ou lançam ou avançam e tornam Dudu e Rony mortais. Foi assim que, vindo de trás, entrando no vazio, Dudu recebeu de Scarpa e chutou no canto direito sem chances para o jovem Raphael William.

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Com Thonny Anderson para o segundo tempo, até que o Coritiba quis jogar. Mas quando dava sinais de reação, parte da sua torcida organizada obrigou a paralisação do jogo.

Irresponsável, provocou a polícia. Essa, com um descontrole incentivado pelo atual Estado brasileiro, jogou gás de pimenta, cujo efeito alcançou crianças fora do campo e jogadores dentro.

Quando o jogo recomeçou, o Coritiba não lembrava mais o que fazia, apesar de ter criado uma chance de gol que terminou em Weverton. Desorganizado, foi ao ataque.

Era o que o Palmeiras queria: aos 17 minutos, em uma pintura de jogada, pela velocidade e pela técnica, Zé Rafael lançou Veron, que lançou Rony: 2×0. Thonny Anderson piorou as coisas quando chutou Rony e foi expulso. Como consolo, o Coxa evitou a goleada e, ainda, no final, criou uma chance que outra vez terminou em Weverton.

Mais grave que a derrota, foi o incidente causado pela torcida. A paralisação do jogo, os jogadores cobrindo o rosto para evitar o efeito do gás e, em especial, a imagem de crianças sendo retiradas através do fosso, são elementos de impacto que terão como consequência a perda de mando.

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