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O Coritiba é finalista. Os coxas merecem

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Augusto Mafuz
27/03/2022 22:37 - Atualizado: 04/10/2023 16:52
Coxa comemora vaga na final.
Coxa comemora vaga na final. | Foto: Atila Alberti/UmDois Esportes

Dia 1º de agosto de 1990, era uma quarta-feira de Atletiba. O Coritiba ganhava com um gol de Ronaldo Lobisomem e a sua torcida já gritava: “é campeão, é campeão.”

Mal sabiam os coxas que havia em campo um predestinado. Só que vestindo vermelho e preto: Dirceu, um negro bonito, forte, de sorriso leve e de alma bendita, parecendo, escrevi na época, personagem de Guimarães Rosa, de “Sagarana”. Aos 92 minutos, Dirceu empatou, 1x1, mandando a final para o domingo.

E, aí, aconteceram fatos que até hoje só Deus não duvida porque foi Ele que os criou. Um outro gol de Dirceu e, daí, o épico gol contra de Berg, aquele que o Furacão marcou sem tocar na bola. O Athletico foi campeão, e Dirceu entrou para a história como o “Carrasco dos coxas”.

Nada como um dia após o outro. Nem que esse dia seja 32 anos depois. Março de 2022. O Coritiba, humilde como é aquele que volta da Segundona, precisava apenas empatar com o “bilionário” Furacão para voltar a disputar o título do Estadual. Já havia ganho na Baixada por 2 a 1, com dois gols de Alef Manga. Agora, no Couto, empatou, 1 a 1: gol de Alef Manga.

E, assim, surgiu um novo personagem da história do Atletiba: Alef Manga, o “Carrasco do Furacão”.

Alef Manga, o carrasco do Furacão.
Alef Manga, o carrasco do Furacão.

Coritiba finalista do Estadual

Nada que surpreenda. Depois da vitória da Baixada, era um fato que estava no campo do previsível. O futebol, às vezes, toma o rumo do inesperado. Mas, em regra, mesmo em um embate de times sofríveis, agarra-se a lógica para dar uma solução justa.

Nos dois jogos, os coxas tiveram uma virtude: o orgulho próprio. Sabendo que o fracasso contra um aspirante horroroso do Furacão iria lhe constranger moralmente, vestiu-se com o orgulho próprio. Então, superou-se. Como havia sido superior na Baixada em razão da sua organização, foi superior nesse jogo do Couto.

A superioridade do Athletico pelo ganho de espaços e da bola que permitiram Terans criar chances de gol na etapa inicial, foi enganosa. Era o propósito do Coxa atraí-lo, como fizera na Baixada. E, assim, tinha certeza que chegaria ao gol com lançamentos nas costas do sonolento Abner para Alef Manga, o “Carrasco”. E foi o que aconteceu: aos 35 minutos, Thonny Anderson lançou Alef que, como no primeiro gol da Baixada, correu em velocidade pela direita e com um chuto cruzado venceu Santos, 1x0.

Na etapa final, o jogo não mudou. Os coxas conservadores jogando atrás atraindo um Athetico sem norte, na frente. Aos sete minutos, o já cansado Willians Farias, na área, cortou com braço um cruzamento de Bolt. O pênalti foi convertido em gol por Pablo.

Embora com onze, o Athletico tinha a bola, o campo, mas não tinha profundidade. Embora escondido, Valentim projetava os seus fluídos negativos. Um ou outro lance de Terans e um raro de Pablo criaram alguma ilusão de vitória. Mas, foi o Coritiba quem sempre esteve próximo do segundo gol com os contra-ataques de Igor Paixão.

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