Ter o benefício por ato de um terceiro que pagou a dívida do jogador Cerutti, que o suspendia na FIFA, era o que restava ao Coritiba. Não obstante, isso não torna menos grave a sua conduta processual.
O imortal professor Egas Moniz de Aragão ensinava para os seus alunos que é presumida a boa-fé das partes quando recorre à Justiça. Deixa de existir quando dela abusa.
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Se a lei permite remover um impedimento administrativo (FIFA) através de terceiro, como ocorreu, deveria fazê-lo de imediato. Evitaria a exposição humilhante do clube e, em especial, não abusaria do direito de petição. A conduta do clube no processo colocou em dúvida se o princípio moral do seu pedido de recuperação ainda tem base. Mas essa questão está superada.
Agora vem a questão principal: quem irá escolher e contratar os jogadores para arrumar o time que luta contra o rebaixamento? Essa diretoria comodada por Juarez Moraes e Silva já mostrou que é séria para administrar o clube, mas absolutamente incapaz de distinguir o bom do ruim.
O grande problema que os responsáveis pelas novas contratações, entre eles René Simões e Paulo Aquino serão os mesmos que mantiveram Muralha, trouxeram Egídio, Clayton, Pablo Garcia, Guillermo, Régis, Warley e Fabrício Daniel.
Resta saber se o que vem agora não irá deixar pior do que está.