Opinião

Coritiba na Segundona; salve o Coritiba

Perdendo para o Santos por 2 a 0, na Vila Belmiro, o Coritiba foi rebaixado pela sexta vez para a Segundona nacional.

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Rebaixado estava, rebaixado ficou.  Quando o G6 de Follador assumiu, em dezembro, não tinha mais como consertar. Entra bem o poema de Chico, “O que será?”: “O que não tem remédio, nem nunca terá. O que não tem receita”. Os coxas mereceram ir para a Segundona. Foi o preço milimetricamente justo.

As digitais de Samir estão nesse rebaixamento. Ao estrago que o seu G6 operou, ainda, não se pode ter a exata dimensão. Apenas é possível afirmar que os seus reflexos irão se irradiar durante um bom tempo.

Mas, não se pode dissociar o rebaixamento de 2020 aos rebaixamentos de 1989, 1993, 2005, 2009 e 2017. Não fatos isolados, mas resultado de uma péssima conduta de vida que está provocando um estrago tão grande na história do clube, que é capaz de absorver o próprio título brasileiro de 1985.

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Quando um clube com a tradição do Coritiba é seis vezes rebaixado, é preciso investigar as razões. Irá se concluir que o fracasso técnico nada mais foi, do que consequência da sua política revanchista, especulativa e suicida que há décadas a sua gente pratica.

A derrota para o Santos foi irrelevante. Foi o último ato de uma peça de horrores que os coxas já se acostumaram a assistir. O ato foi assistido com indiferença, porque já se sabia o final.

A derrota em Santos irá fazer bem para a torcida e para os novos dirigentes. Para aquela, porque, por mais que não tivesse esperança, tinha uma ilusão em razão do sentimento pelo clube. Há ilusões que enganam demais, corroem, maltratam, torna os iludidos bobos.

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Para os novos dirigentes, porque, embora tivessem a consciência de que o contrário seria um milagre, estavam imobilizados pela ilusão das hipóteses matemáticas da classificação. Agora, sem essa amarra, podem passar a implementar providências definitivas que já eram exigidas.

Certa vez escrevi que o Coritiba é um valor da nossa sociedade. Continuo pensando, assim. A sua restauração como instituição não interessa apenas aos coxas, mas interessa a todos, inclusive aos rivais.

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