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Athletico: quando 1 a 0 é goleada

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Augusto Mafuz
20/05/2021 03:11 - Atualizado: 29/09/2023 18:44
Kayzer faz o gol do Athletico contra o Melgar.
Kayzer faz o gol do Athletico contra o Melgar. | Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDoisEsportes

Baixada, Sul-Americana: Athletico 1x0 Melgar. Havia escrito que pelas diferenças de um e de outro, a qualquer título, a obrigação do Furacão era ganhar e golear. Não demorou muito para concluir que escrevi mais pelo impulso do querer, do que pela consciência do que era possível fazer.

O time rubro-negro voltou a adotar o roteiro que lhe cria dificuldades contra times sem qualidade, como o Melgar. Acadêmico demais, lento demais e raso demais, quis chegar ao gol sem forçar. O domínio resultou em boas chances perdidas por falta de qualidade. E, provando que joga errado, no seu único momento de lucidez tático fez o gol.

Proposital ou não, aos 42 minutos de jogo, o seu recuo escancarou o campo de defesa do Melgar. Então, viu-se um vestígio do Furacão que foi e que deveria voltar a ser: em jogada de velocidade, reagindo aos peruanos em contra-ataque, jogando com Khellven pela direita, fez a bola cruzada chegar para Kayser, que desta vez, mesmo aos trancos, de cabeça, não perdeu, marcou.

O resultado simples não significa que a vitória foi carregada de tensão. Nem nos seus momentos de baixa técnica e indolência física na etapa inicial, e que não foram poucos, foi constrangido pelo Melgar. Nem mesmo com a conduta reprovável tática, técnica sofreu algum risco na etapa final. Nesse tempo, o seu foi um horror. Contra dez durante 30 minutos, foi estático, agora, muito mais por falta de vontade. A forma de jogar subtrai a alma de jogar.

Então, é aí que surge o grande problema: a sua classificação irá ocorrer muito pela mediocridade dos seus adversários, do que pelas suas reduzidas virtudes. Jadson não é solução para uma época de marcação e velocidade. E Nikão simplesmente não quer jogar, parecendo um funcionário cumprindo o aviso prévio.

Certa vez, Mário Celso Petraglia me falou que nunca foi e nunca será refém de ninguém. Entre o passado e o futuro, há o presente. O presidente não estaria amarrado ao arbítrio de Paulo Autuori em não ter um técnico de verdade para não ferir a sua autoridade? Entendo que está na hora de Petraglia sair do seu ambiente cômodo e cobrar de Autuori uma conduta pelo menos digna do time.

Seguir ou não Sul-Americana nas fases eliminatórias, não é mais importante. A questão é que depois de 4 meses, usando a falta de qualidade adversária para ganhar, o Furacão vai começar o Brasileirão.

Quando um jogador como Richard é o destaque, muita coisa está errada.

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