Opinião

Athletico: sorte ou cuidado com as pequenas coisas?

Passada a euforia, mais pela forma (pênalti no último minuto) do que pela vitória em si, os atleticanos me empanturram de mensagens, fazendo críticas ao jogo do Athletico.

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Desordenado, sem esquema, batendo cabeças no meio-campo, dando chutões, ganhando com as mãos da sorte e de Bento, é o resumo da ópera de arquibancada. O amigo Carneiro no seu post foi muito feliz ao escrever que Felipão deveria aproveitar esse tempo de sorte para arrumar o time.

Pergunto: o que pode fazer Felipão?

Quando jogadores de recursos estreitos como Hugo Moura e Christian não jogam e a sua falta é sentida, alguma coisa precisa ser explicada.

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Para suprir as ausências, Felipão é obrigado a recorrer a Matheus Fernandes, Vitor Bueno e Pablo Silles, jogadores de terceira categoria.

São tão fracos, que os reservas Erick e Cittadini se tornam as “meninas dos olhos” de Felipão. E que Pablo e Cuello enchem “seus olhos” de emoção. Temo que o treinador acabe tendo uma fadiga ocular.

Mas há um outro fato que torna ainda mais controvertida uma análise desse Furacão. No futebol, a sorte pode explicar muita coisa, mas por ser abstrata, não serve como fundamento para explicar o essencial: os números.

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Justifico, perguntando: no futebol, a sorte como um elemento aleatório, isoladamente, tem a capacidade de tirar um time do 14º lugar e colocá-lo em 3º lugar, de salvar uma classificação para as oitavas da Libertadores, produto de uma invencibilidade de cinquenta dias?

Nessas coincidências, acabo de ler os Discursos de Churchill. Disse ele: “A sorte não existe. Aquilo a que chamas sorte é o cuidado com as pequenas coisas”.

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