Opinião

Um “moderno” Athletico ganha do Bragantino em Bragança

O capitão Thiago Heleno foi o nome do jogo.

O Athletico ganhou em Bragança Paulista do Bragantino (1×0) não porque jogou bonito. Ganhou porque renunciando à vaidade do modernismo que não tem qualidade para adotar, jogou certo. Com todas as suas linhas recuadas, às vezes, lembrando o ferrolho suíço dos anos 50, jogou com um objetivo imediato: não perder. E que o futebol moderno é ganhar. E a partir dele, em uma bola casual, vencer.

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O gol de Renato Kayser, aos 26’ do 1º tempo, resume bem a conduta correta do Furacão. Solidário e aplicado para marcar e defender, conseguiu um respiro, aliás, um espaço que foi ocupado por Thiago Heleno. Thiago deu um passe (antigamente, chamava-se chutão) com a intenção de alcançar Kayser, cujo impedimento foi absorvido por um erro do zagueiro Léo Ortiz.  Kayser foi certeiro, 1×0.

Leal a essa consciência de suas limitações, suando e suando como um regador, o Furacão não mudou na etapa final. Bem organizado, com duas linhas atrás da bola, quase junto a Santos, agora, com vestígios da retranca italiana dos anos 70, mostrou-se invulnerável pelo meio. O Bragantino, então, com seu “futebol alegre e descontraído”, foi empurrado a fazer o jogo que o Furacão queria: ir para os lados e jogar bolas altas para a alegria de Thiago Heleno e Santos que, sem nenhum trauma, ganharam todas por cima e por baixo.

O Athletico não se afastou da zona de rebaixamento, mas diminuiu o risco. Tão importante que os três pontos ganhos em Bragança, foi a quebra da tendência de derrota. Com a vitória, descarregou a tensão para domingo, contra o Vasco, na Baixada. É o seu jogo desse seu campeonato contra o rebaixamento. Com a humildade em não querer ser mais do que é e o que pode, é possível alcançar os objetivos da vida.

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No futebol não é diferente. Ao contrário, é necessário. Thiago Heleno foi o dono do jogo.

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