O futebol, às vezes, tem a capacidade de tornar a matemática uma ciência não exata. Só assim explica-se a situação do Athletico na Segundona.
Por números exatos, com 33 pontos ganhos, está a seis pontos do Criciúma, que seria o último dos quatro que, agora, teriam acesso ao Brasileirão em 2026.
Essa diferença de seis pontos, em um universo de 42 pontos a serem disputados, seria pequena pelas diferenças estruturais, financeiras e históricas entre o Furacão e o Tigre.
No entanto, os seis pontos, transformados em percentuais, provam que as diferenças no futebol tornam-se apenas teses quando faltam ideias, comando e humildade. Nesse critério, entre Athletico (11,5%) e Criciuma(56,6%) a diferença é de 45,4%. No mesmo mundo de 28 pontos, parece ser o infinito.
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A matemática no futebol torna-se desconfortável e deixa de ser uma ciência exata, ou que é dependente de várias circunstâncias.
Em campeonato de pontos corridos, turno e returno, há uma situação que não se transige: a regularidade técnica que terá como consequência a média de pontos do campeonato, rodada a rodada, que é a regra que se impõe para manter o percentual maior.

Uma série de vitórias em seguida nem sempre é capaz de compensar o que se perdeu. E existe a outra ponta, que está com adversário à frente, que precisa submeter-se a uma série negativa.
A dependência tem essa consequência: uma coisa depende da outra. E no futebol de iguais, não há nada pior. A metáfora de “fazer o dever de casa” é coisa de fracassado. Mas, nunca iria imaginar que o Athletico voltaria um dia a depender de fracassos de um modesto Criciúma.
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