A volta de Nikão: muitas dúvidas e uma certeza
Nikão tinha 25 anos anos quando chegou ao CT do Caju. O Athletico o adotou como um filho perdido na vida e no campo. Demorou três anos para transformar-se em um dos símbolos das conquistas do bicampeonato da Sul-Americana e da Copa do Brasil.
Quando foi embora para “aproveitar o fim de carreira e ganhar dinheiro”, como afirmou, já estava procurando uma sombra dentro de campo.
A dúvida, então, é inevitável: aos 31 anos, desgastado no corpo por contusões graves e na técnica por fracassar nos vazios times do São Paulo e no Cruzeiro, como será Nikão na sua volta?
A resposta está apenas com Cuca. É que, desde que recuperado do corpo, a dúvida técnica é associada à questão psicológica. Esta resolvida, resolve-se aquela. Nikão não esqueceu de jogar. E, poucos como Cuca sabem entrar na alma do jogador para matar os seus fantasmas.
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Mas a volta de Nikão não pode ser encerrada nessas dúvidas. É a afirmação de uma certeza: a incapacidade da diretoria do Athletico em formular e executar um projeto definitivo para o futebol. Todo o ano, despeja milhões de dólares em jogadores sem adotar nenhum critério razoável. O seu banco de dados que o inspira é manejado por estranhos interesses.
Gasta o dinheiro gerado pelo próprio clube e acaba transformando o risco de mercado em fraude técnica. Se fosse mais sensível a essas perdas, a diretoria de Petraglia, Glomb, Gaede e Kuster, já teria aberto uma sindicância para apurar a responsabilidade pelos R$ 26 milhões comprometidos com a vinda de Di Yorio e Romeo Benitez, que hoje estão sendo oferecidos a preço de banana.
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