Brasil x Escócia tinha tudo para ser mais um jogo chato, aqueles caça-níqueis da CBF. O adversário, apenas na 50ª posição no ranking da Fifa (atrás de Burkina Fasso, Honduras, Montenegro e Jamaica), foi escalado apenas para reabilitar o time de Mano Menezes das derrotas para Argentina e França. Era melhor domir, achava.
Nada realmente levava a crer que esse duelo em Londres valeria a pena. Neymar rompeu essa lógica. Arrisco a dizer, talvez com um pouco de exagero, que há tempos não me deliciava com a seleção brasileira como no insosso amistoso de ontem. O moleque do Santos encheu os olhos. É ousado, criativo, uma pérola pronta para manter a hegemonia do país na formação de craques.
Com ele em campo, nem deu para se irritar com a retranca do adversário. Arrisco-me a dizer que a partida de Londres foi a porta de entrada do camisa 11 no seleto time de astros do futebol mundial. Não tem como duvidar mais disso.