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Uma saída sem custo para o Paraná: democracia

Por
Redação
07/11/2012 17:27 - Atualizado: 27/09/2023 15:52

O ano não acabou para o Paraná. E dificilmente irá acabar nos próximos meses. Mas isso não impede, aliás torna obrigação, uma ação rápida da diretoria do clube para ajustar 2013.

Sem colocar o dedo com força na ferida, a atual temporada só vai se esgotar na prática quando o clube acertar os salários atrasados. No imaginário da torcida, 2012 pode ficar ainda mais tempo martelando na memória.

Diante da falta de recursos para brigar pelo acesso, mesmo com um time promissor, a atual temporada fez crescer a dúvida se o Tricolor terá em um futuro distante estrutura para retornar à elite nacional.

Os problemas são sintomáticos, como o excesso patrimonial, com custo desproporcional à realidade modesta do clube. Ou a falta de recurso humano na gestão do futebol, sem um projeto bem alinhavado, sem atrasos salariais e envolvendo a torcida.

Além da solução óbvia para atenuar o problema — como se desfazer de alguma sede e apostar a médio prazo na revitalização da imagem — há uma atitude sem custo que pode ser idealizada desde já: a democratização.

Não há cabimento algum a eleição para presidente paranista passar ao lado da torcida, ouvindo apenas os chamados sócios olímpicos. O sócio-torcedor, aquele que gera receita extra, além da mensalidade, precisa ter autonomia.

A discussão é vasta. Mas lamentavelmente o sistema eleitoral na Kennedy construiu uma panelinha insolúvel. Pior: mostra um horizonte — para pleitos futuros — pobre de ideias e sem sangue novo.

É nítido o esgotamento desse grupo que gere o Tricolor. Não conseguiram nem mesmo explorar a imagem de Ricardinho como técnico. Isso sem contar a vergonha de rebaixar o time no Estadual e não pagar o combinado aos funcionários (inclui-se jogadores).

Seria um primeiro passo interessante. O atual presidente cumpre o mandato e anuncia que a partir de agora — assim como outros grandes clubes do país — o sócio-torcedor tem direito de definir os rumos da agremiação que ama. Abre-se as possibilidades para candidaturas e deslumbra um novo caminho para o Tricolor.

Talvez seja exagero, mas creio que essa abertura é um anseio para quem não aguenta mais ver o mesmo filme todo ano. Enquanto a torcida não ganhar voz política, ficará a dúvida.

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