Prefeituras vetam jogos e Paranaense corre risco de parar com só um jogo disputado
Mal começou, o Campeonato Paranaense 2021 pode entrar em compasso de espera por pelo menos três rodadas. Após o jogo deste sábado (27), entre Cianorte e Athletico, no Albino Turbay, o torneio corre risco de ficar paralisado até pelo menos 8 de março.
A data marca o fim do decreto estadual 6.983/21, anunciado na última sexta-feira (26) pelo governador Ratinho Junior, que suspendeu atividades não essenciais para barrar o avanço da pandemia de Covid-19. A medida causou efeito cascata nos jogos do Estadual.
Após sugestão do Ministério Público do Paraná (MPPR), as prefeituras de Londrina e Cascavel vetaram a realização de duas partidas (Londrina x Maringá e Cascavel FC x Paraná) neste sábado (27).
A prefeitura de Curitiba também não autorizou que a bola rolasse para Coritiba x Cascavel CR, duelo programado para domingo (28), no Couto Pereira. Com a mesma alegação, a cidade de Toledo também não liberou que o time da casa recebesse o Rio Branco na mesma data.
A Federação Paranaense de Futebol (FPF) ainda não se pronunciou oficialmente sobre os vetos. Até o momento, o jogo entre Operário x Azuriz segue marcado para este domingo, no Germano Krüger, em Ponta Grossa.
É importante ressaltar que os adiamentos vão na contramão do que o secretário de saúde do Governo do Paraná, Beto Preto, havia sinalizado.
"Como os esportes profissionais têm teste PCR pré-jogo, sem público, eles continuam autorizados. Mas vamos avaliar", apontou o secretário.
Paraná Clube adia próprio jogo
Mas o cenário não para por aí. Por conta própria, o Paraná já anunciou que o duelo contra o Londrina, na terça-feira (2), está adiado porque a prefeitura de Curitiba aceitou a recomendação do MPPR.
"Desta forma, comunicamos a equipe do Londrina EC e solicitamos à Federação Paranaense de Futebol a transferência da partida para outra data", diz nota divulgada pelo clube.
Em entrevista à Rádio Banda B, o advogado da FPF, Willian Hosaka, disse que a entidade foi pega de supresa com a situação. Ele destacou que o Estadual está respaldado pelo protocolo de jogo, com testagem para a Covid-19 para jogadores, comissões técnicas, árbitros e imprensa.
E não descartou que a FPF tente mudar os locais de jogos para manter o torneio em atividade. Caso não consiga, até 17 partidas deixariam de ser disputadas ao fim do decreto. As medidas restritivas, no entanto, podem ser renovadas – e a bola de neve aumentar no já apertado calendário estadual.
“Tenho que verificar com o presidente, mas a ideia da Federação é manter o campeonato, inclusive verificar em quais cidades que não haverá qualquer tipo de proibição. Não houve uma proibição expressa por parte da Secretária de Saúde, mas procurar algumas cidades para que possam ser recebidos esses jogos”, afirmou o advogado.
