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As dez maiores confusões, dramas e tragédias da história do Athletico

Por
Sandro Moser, especial para UmDois Esportes
16/02/2024 08:00 - Atualizado: 21/03/2024 11:50

Em 100 anos de história, não faltam dramas, tragédias ou confusões envolvendo o Athletico. Relembre dez casos em que a emoção ficou à flor da pele para a apaixonada torcida do Furacão.

O Atletiba de 8 minutos – 1/12/1946

Anos 1940: a década em que a rivalidade Atletiba acirrou-se. Os rivais saíram na frente, e Jackson empatou aos 8 minutos. Na comemoração, Cireno foi buscar a bola nas redes e, na passagem, tirou o gorro da cabeça do goleiro Belo, que não gostava de mostrar a careca. O pau comeu e o Coritiba abandonou o campo e os pontos da vitória foram dados ao Furacão.

Caso Ivens Mendes – 1997

A bomba estourou na véspera do Brasileirão. Uma TV mostrou áudios de conversa do diretor de árbitros da CBF achacando dirigentes, entre os quais o homem-forte do CAP. Mario Celso Petraglia foi banido do futebol e o clube suspenso por um ano.

A injustiça mobilizou o povo atleticano numa batalha jurídica e política sem precedentes. No final, o clube perdeu pontos e as demais penas também foram menores, pois a intenção maior que era virar a mesa e salvar o Fluminense da Série B já tinha sido atingida.

A Batalha das Laranjeiras –10/11/1996

A vitória de virada do Furacão por 3 a 2 praticamente rebaixava o Fluminense. A torcida local virou sua ira contra o goleiro Ricardo Pinto que foi atacado por objetos o jogo todo e ao final bateu no peito para comemorar a vitória.

As Laranjeiras viraram uma praça de guerra e o goleiro foi atingido na cabeça, teve traumatismo craniano e foi pra UTI e não jogou mais no campeonato. Vergonhoso episódio e o nascimento de um ódio eterno.

Pancadaria em Joinville – 8/12/2013

A classificação do Athletico para a Libertadores 2014 veio após a vitória sobre o Vasco por 5 a 1, mas foi marcada pela mais impressionante por uma briga entre torcedores já vista no país.

Por cinco intermináveis minutos, a porrada comeu livre sem que houvesse intervenção da Polícia Militar catarinense, que não estava no estádio, pois alguém decidiu que jogos eram eventos privados. No final restaram imagens lamentáveis, alguns feridos e muitos processos judiciais.

Morte de Joffre Cabral e Silva –2/06/1968

O presidente Joffre Cabral e Silva já vinha tendo problemas cardíacos e seu médico indicou repouso, mesmo assim quis viajar a Londrina com a delegação do CAP pra o jogo contra o extinto Paraná.

A campanha do Furacão estava empolgante um grande caravana da torcida foi ao norte do estado. Durante o segundo tempo de um jogo duro, um infarto fulminante derrubou Joffre, aos 53 anos, em plena arquibancada.

Velado no ginásio da Baixada construído por seu pai, o enterro do presidente parou a cidade no maior cortejo fúnebre já ocorrido em Curitiba.

Virada de mesa em 1967

O Athletico caiu para a segunda divisão do Paranaense no final da edição de 1967. Antes mesmo da queda iminente, já havia um movimento para salvar o apanágio do clube liderado pela extraordinária figura de Joffre Cabral e Silva.

Ele abriu várias frentes: fez contatos políticos e achou brechas no regulamento para melar o certame, costurou com rivais e peitou a federação. Num lance teatral, rasgou o regulamento ao vivo na televisão. A mesa virou. O Rubro-Negro ficou. O campeonato de 1968 foi o maior da história.

A Batalha de Ponta Grossa – 23/8/1972

O jogo decisivo na reta final do campeonato de 1972, foi uma batalha campal em Ponta Grossa vencida com dor e sangue. O zagueiro Osires, do Pontragrossense, confessou anos depois que recebeu dinheiro do rival do Athletico para lesionar Sicupira e tirá-lo do campeonato.

Mas o beque errou e atingiu outro jogador, Ademir Rodrigues, que teve fraturas múltiplas na perna. O jogo descambou e um jogador do rival também quebrou a perna. Buião fez o gol da vitória no último minuto e povão atleticano voltou buzinando na BR-277 até acordar Curitiba.

Exílio no Pinheirão – 1986 a 1994

O Athletico passou quase 10% de sua história autoexilado após cair num canto de sereia e se mudar para o Pinheirão em 1986. Período no qual boa parte de seu povo se desconectou do time, que viveu anos difíceis até a volta à Baixada em 1994.

As muitas obras no Joaquim Américo também fizeram com que o clube vagasse por muitos outros estádios nos anos seguintes, como o Janguito Malucelli, a Vila Capanema e o Caranguejão.

Atletiba da Páscoa – 16/4/1995 

A derrota por 5 a 1 para o Coritiba foi a última volta no parafuso de um processo que já se encaminhava para salvar o Athletico de um perigoso amadorismo. O estopim para que tudo começasse a mudar drasticamente nos lados da Baixada.

O dia seguinte foi o dia número um da revolução atleticana liderada por Mario Celso Petraglia em nome da torcida, que mesmo humilhada no Couto Pereira seguiu cantando o hino do clube nas arquibancadas. O que era para ser uma derrota amarga virou o símbolo de um renascimento.

Cai-cai no Atletiba das Faixas – 27/11/1985 

Como o Athletico tinha sido campeão estadual e o rival havia vencido o brasileiro, armou-se um Atletiba para a entrega das respectivas faixas aos campeões no final do ano.

Até que aos 42 minutos do 1º tempo, o volante Detti fez grande jogada e tocou para Nivaldo marcar. Os jogadores rivais queriam impedimento e tempo fechou. O juiz expulsou dois jogadores dos coxas. Perdendo com nove em campo, restou ao adversário fazer um histórico e humilhante cai-cai.

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