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Do sacrifício à glória, torcida do Athletico enlouquece nas tribunas do Centenário com o título

Por
André Pugliesi, enviado especial a Montevidéu
20/11/2021 22:20 - Atualizado: 04/10/2023 17:12
Do sacrifício à glória, torcida do Athletico enlouquece nas tribunas do Centenário com o título
| Foto: Albari Rosa/ Foto Digital/UmDois Esportes

A torcida do Athletico foi do sacrifício à glória em Montevidéu, no Estádio Centenário. Desfecho apoteótico, com o triunfo por 1 a 0 sobre o Red Bull Bragantino e o bicampeonato da Sul-Americana, após a longa e desgastante viagem de Curitiba até a capital uruguaia.

Terminou em festa vermelha e preta o périplo dos rubro-negros que enfrentaram o alto custo do ingresso (R$ 560), a desorganização na distribuição das entradas, testes de Covid-19 e a série de restrições e constrangimentos de um evento "soccer business".

Nada disso passou a importar, entretanto, depois que Nikão colocou a bola na rede do Estádio Centenário. Aos 28 minutos, o camisa 11 emendou bola espalmada com um acrobático voleio. A volta dos torcedores será igualmente difícil, mas a taça vai na bagagem.

O público total não foi divulgado até a publicação deste texto, entretanto, estima-se que 10 mil pessoas estiveram presentes na cancha mítica da capital do Uruguai para o confronto decisivo da Copa Sul-Americana.

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Nas tribunas centenárias

Diante do sol aberto em Montevidéu, e o calor, os atleticanos foram ganhando as tribunas do Centenário aos poucos, a partir das 14 horas, quando os portões foram abertos. E somente cerca de uma hora antes da partida começar.

Diante da baixa procura por ingressos, a Conmebol decidiu alterar o posicionamento dos torcedores, que inicialmente ficariam atrás dos gols. Os adeptos do Red Bull Bragantino, na tribuna Colombes, tradicionalmente ocupada pelos hinchas do Nacional, e os rubro-negros na Amsterdam, do Peñarol.

Com a programação pré-jogo, que privilegia atrações da organizadora, com entrevistas e música e em alto volume, o grito das torcidas só pôde ser ouvido, nitidamente, quando a bola começou a rolar. E com os cânticos normalmente entoados na Baixada, a torcida embalou o Furacão.

Até que, já nos minutos finais, com o resultado se encaminhando para o bicampeonato da Sul-Americana, foi a vez de entoar: "Não é mole não, o Centenário virou o Caldeirão".

Fotos de Albari Rosa:

Sacrifício para chegar em Montevidéu

Desde a quinta-feira (18), os rubro-negros começaram a povoar a cidade banhada pelo Rio da Prata, inicialmente, de forma discreta. Conseguiram formar um grande contingente no sábado (20), dia da partida, com o desembarque dos torcedores que vieram de ônibus e carros, a maioria, devido ao alto custo das passagens aéreas.

Ao longo de toda Rambla, a avenida que margeia Montevidéu, atleticanos eram encontrados, como se estivessem perdidos da banda rubro-negra que cruzou os cerca de 1.500 quilômetros que separam a Arena da Baixada do Centenário. E também, claro, nos principais pontos turísticos. No sábado, o sol brilhou desde o início da manhã, e a temperatura alcançou 24º.

Mas foi ao lado do Punta Carretas shopping, o local a retirada de ingressos, que o clima esquentou e quebrou a vagareza com que Montevidéu acorda todos os dias, especialmente aos finais de semana. Uma longa fila se formou logo nos primeiros minutos do sábado e se estendeu até próximo de a bola rolar a cinco quilômetros dali.

Cânticos foram entoados como se os torcedores estivessem no Joaquim Américo e os locais se comoveram com a estrepitosa manifestação. Uma senhora, de cabelos brancos, exclamou ao grupo que circulava pelos corredores de chinelos, bermudas, mochilas e bonés em vermelho e preto: "Surte!". No que foi respondida: "Obrigado!".

A concentração, embora tenha servido no aspecto anímico, para usar a terminologia dos técnicos de futebol, também foi resultado da falta de organização da Conmebol e a pouca consideração do clube com seus torcedores. Com poucos atendentes, e muitos torcedores à espera, pegar a entrada foi mais um sacrifício, para alguns, de até três horas de espera.

"O que a Conmebol e o Athletico estão fazendo com a torcida que veio é um abuso. Uma esculhambação. Quatro horas de fila para tirar um ingresso que poderia ter sido retirado em Curitiba, que poderia ter cinco locais de retirada com bastante atendentes", desabafou o empresário Carlos Vicente.

Os outros três clubes envolvidos com as decisões das copas continentais, Red Bull Bragantino, o adversário do Furacão na final da Sul-Americana, e Flamengo e Palmeiras, da Libertadores da América, armaram esquemas para a retirada dos tíquetes em suas cidades. O Athletico, por sua vez, impôs essa dificuldade extra ao seu torcedor.

Veja no vídeo ao final do texto como foi o clima da torcida na retirada do ingresso.

https://www.youtube.com/watch?v=infkRzAJa7UQuero Meu Poster
Provided by UmDois Esportes

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