Finanças

Temporada sem público fez despencar quadro de sócios de Athletico, Coritiba e Paraná; veja patamar atual

Um ano sem público nos estádios, a partir de março de 2020, por causa das restrições impostas pela pandemia do coronavírus, fez o quadro de sócios dos clubes despencar. Diminuição nas receitas de fidelização que aparece como novo desafio para Athletico, Coritiba e Paraná.

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Atualmente, Furacão e Coxa têm cerca de 15 mil sócios cada. No caso do Coxa, o clube chegou a bater 25 mil em maio do ano passado, durante a parada do futebol. Agora, com a queda nas receitas, o clube promete campanhas visando ampliar o número de associados, com estratégias diferenciadas, para amenizar a ausência de público.

Em 2019, ano do acesso, o Coritiba chegou a fechar a Série B com a melhor média de público, com mais de 22 mil pagantes por partida. O Verdão também terminou o campeonato com o maior público, na vitória sobre o Cuiabá (2 a 1), com 37.220 pagantes no Couto Pereira.

Renato Follador, que tomou posse no final de dezembro, aposta que o apoio dos sócios será primordial para ajudar financeiramente o clube na reestruturação após o sexto rebaixamento da história.

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“A ausência de público em casa foi e continua muito sentida por todos nós. A nossa força é a torcida do Coritiba. Cada sócio merece um agradecimento especial e uma placa por seu apoio. Ao perceber que há uma transformação na gestão, um comprometimento com a essência do clube, o sócio vem, paga ou até antecipa as suas mensalidades e oferece um suporte fundamental ao clube. Esperamos que muitos sócios procedam assim e estarão desta forma cooperando bastante com o clube e com o início difícil da nossa gestão”, disse ao UmDois Esportes.

Sem torcida nos estádios, Coritiba reduziu quadro de sócios

O Paraná contabiliza atualmente mil sócios – três vezes menos do que tinha antes da pandemia, há um ano, situação que preocupa o atual presidente Sérgio Molletta que assumiu o clube com a renúncia de Leonardo Oliveira.

“O lado econômico da pandemia foi desastroso para o futebol, basta ver as mágicas que cada clube tem feito para cumprir seus compromissos, sem bilheteria, e o esforço para manter o quadro associativo. A ideia é que em breve tenhamos a possibilidade de criar algo diferenciado ao sócio-torcedor. Acredito que o impacto da ausência da torcida não deve ser resolvido rápido, são poucas as chances de retorno neste ano. Por isso, precisamos criar algum estímulo diferenciado para que a gente consiga reativar os sócios que se foram e trazer novos”, disse o presidente do Tricolor.

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Os próximos balanços fiscais dos clubes deverão mostrar o tamanho real do impacto da pandemia em 2020. Os documentos serão disponibilizados até o final de abril.

“O sócio é terrivelmente afetado por não ter jogo. Ele deixa de pagar a mensalidade porque o produto está sendo afetado e porque eles não têm dinheiro. Com a crise econômica, quando houver o retorno do público nos estádios vai levar um tempo porque a situação das famílias está complicada, diz Fernando Ferreira, diretor do Grupo Pluri, especializado nos negócios do esporte.

No ano passado, o presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, disse que as consequências causadas pelo Covid-19 iriam afetar as receitas.

“Embora a entidade não possa estimar a duração ou gravidade do impacto de surto de Covid-19 no momento, se a pandemia continuar, ela poderá a ter um efeito adverso/material nos resultados de operações futuras do clube, posição financeira e liquidez no exercício de 2020”.

O Rubro-Negro não costuma divulgar o número de sócios que possui. Mas se manteve, por anos, na faixa dos 25 mil associados. Número que caiu progressivamente com o afastamento da torcida dos estádios, desde março do ano passado. Atualmente, o clube conta com cerca de 15 mil sócios.

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