Reunião do Conselho

Athletico: Petraglia dispara contra Prefeitura de Curitiba por acordo da dívida da Arena

Por
Vinicius Cordeiro
29/04/2025 16:48 - Atualizado: 29/04/2025 16:55
Presidente do Furacão criticou a postura da Prefeitura.
Presidente do Furacão criticou a postura da Prefeitura. | Foto: Duda Matoso/Athletico

Presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia detonou a postura da Prefeitura de Curitiba no que se refere aos pagamentos da dívida da Ligga Arena. As críticas foram feitas aos conselheiros durante a aprovação do Conselho ao balanço financeiro, que apontou queda no superávit.

Segundo Petraglia, a administração municipal não está cumprindo o que foi selado no acordo tripartite, que resolveu o imbróglio judicial que durou nove anos.

"A única instituição que se beneficiou com a Copa do Mundo é a única que não cumpriu absolutamente nada. Os R$ 240 milhões que constam no acordo tripartite, como potencial construtivo, eles não venderam… Venderam R$ 4 milhões e teriam que vender R$ 20 milhões por ano", disparou Petraglia.

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Ainda de acordo com o Athletico, a prefeitura ainda deve fazer um pagamento de R$ 50 milhões e obter os R$ 240 milhões no que se refere ao potencial construtivo, que é vendido em cotas pela própria prefeitura.

Em março, a Prefeitura de Curitiba informou ao UmDois Esportes, por nota, que a comercialização das cotas relacionadas ao Athletico teve início em 12 de julho de 2024, sob a gestão do ex-prefeito Rafael Greca.

No entanto, segundo o que o presidente Mario Celso Petraglia falou aos conselheiros rubro-negros em uma reunião feita em fevereiro, as cotas deveriam ter sido vendidas a partir de janeiro do ano passado.

Athletico trabalha para o Potencial Construtivo ser vendido pela Fomento

Petraglia (esq.) com os pares da diretoria rubro-negra. Foto: Duda Matoso/Athletico.
Petraglia (esq.) com os pares da diretoria rubro-negra. Foto: Duda Matoso/Athletico.

Na última sexta-feira (25), Mario Celso Petraglia ainda declarou que está buscando que a Prefeitura de Curitiba deixe de comercializar os títulos do potencial construtivo.

"Estamos trabalhando politicamente, tecnicamente, juridicamente, para darmos os títulos para a Fomento. Diminui nossa dívida em R$ 240 milhões".

"Nós fizemos uma engenharia financeira quando pegamos financiamento do BNDES. Ainda não tínhamos garantia. Aí o BNDES exigiu do governo federal, e o governo estadual concordou, em descontar a parcela do repasse das verbas do governo federal para o Estado. Assim estamos tentando fazer que a Prefeitura aceite quitação de pagamento e que, caso não venda, o Estado desconte da parcela do ICMS, o valor da prestação", completou.

Procurada pelo UmDois Esportes, a Prefeitura de Curitiba disse estar cumprindo rigorosamente o acordo. Veja a nota abaixo:

"A Prefeitura de Curitiba está cumprindo rigorosamente o que foi acordado com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) no acordo celebrado em 2023, bem como o que determina a Lei nº 13.620/2010. A parcela correspondente a 1/12 avos do potencial construtivo é emitida e colocada à venda pelo município. O saldo não comercializado é transferido para o ano seguinte, somando-se à cota daquele exercício. A efetiva venda do potencial depende das condições e variações do mercado".

Saiba qual o valor da dívida do estádio do Athletico

A obra da reforma do estádio Mario Celso Petraglia, que sediou a Copa do Mundo de 2014, teve custo de R$ 346,2 milhões, segundo o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), sendo R$ 291 milhões financiados pela Fomento.

O valor corrigido da dívida da Arena, contudo, alcançou a casa de R$ 590,4 milhões, conforme apresentado no balanço financeiro. Esse valor não tem a cobrança de multas e juros moratórios. Com a aplicação de todos os juros, a quantia seria de R$ 1,2 bilhão.

Contudo, há cobrança de juros de 1,9% ao ano e uma taxa de longo prazo durante o período do financiamento.

Governo do Paraná quitou parte

A parte que coube ao Governo do Paraná já foi quitada. A Fomento confirmou ao UmDois Esportes que a administração estadual pagou os R$ 75 milhões em 2024. O valor foi repassado para o Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), conforme determinado no acordo tripartite.

Enquanto ainda falta o pagamento da Prefeitura de Curitiba. O valor inicial era de R$ 75 milhões, mesmo valor pago pelo Governo do Paraná. No entanto, foi descontado o valor que o Athletico ainda devia ao município nas desapropriações no entorno da Arena.

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Formado pela PUCPR, trabalhou por dois anos nas editorias de Esportes e Cidades da Gazeta do Povo. Entre 2019 e 2024, atuou como repórter em diversas coberturas de Política pelo Paraná Portal, antigo parceiro do UOL. Desde 2021, p...

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