Na próxima quinta-feira (18), terá início, na Corte Arbitral do Esporte (TAS), na Suíça, o recurso do Athletico sobre o “caso Rony”, que impede o clube de ir ao mercado. Até lá, o Furacão está impedido de contratar reforços até julho deste ano. O que não significa que a diretoria não está observando jogadores que possam fazer parte do elenco.
De acordo com o diretor-técnico Paulo Autuori, o Rubro-Negro tem trabalhado com todas as possibilidades que possam ocorrer no julgamento. Até para que quando saia a decisão, o caminho já esteja definido.
“Quando se fala em planejamento, é preciso olhar vários cenários possíveis e equipará-los, para quando a decisão ocorrer, você já estar preparado e dar desenvolvimento àquilo que você criou com antecedência. Então é óbvio que estamos atentos ao mercado, mas temos essa situação impeditiva que é real. E existem vários cenários, desta situação se arrastar por mais tempo ou não”, afirmou ele, em entrevista coletiva.
Caso o recurso mantenha a punição, o Athletico terá que disputar a fase de grupos da Copa Sul-Americana e a terceira fase da Copa do Brasil com o elenco que o técnico António Oliveira tem à disposição. As únicas peças que poderiam ser adicionadas ao plantel seriam garotos das categorias de base.
“O contexto que estamos envolvidos hoje é que não podemos procurar jogadores. Mas, logicamente, estamos preparados para fazer o que é necessário e que possamos contemplar aquilo que é a essência do clube. E dentro disso temos algumas opções e, quando for possível seguir em frente, o faremos”, completou Autuori.
Relembre o “caso Rony”
Em julho de 2020, o Athletico foi banido pela Fifa de registrar novos jogadores por duas janelas de transferências, punição que termina em julho de 2021, decorrência da contratação de Rony junto ao time japonês. O Furacão até poderia buscar um efeito suspensivo, mas optou por iniciar o cumprimento de pena.
Rony também foi punido pela Câmara de Resoluções de Litígio da entidade. O jogador foi multado em 1,3 milhão de dólares, cerca de R$ 7 milhões na cotação da época. O Athletico é parte solidária da dívida. Além disso, foi punido com quatro meses de suspensão. Seus advogados recorreram da pena.
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