Athletico acumula problemas com patrocinadores nos últimos anos

A rescisão de contrato com a Ligga entrou na lista de polêmicas do Athletico envolvendo patrocinadores. Além da empresa de telecomunicações, o Rubro-Negro já teve problemas nos últimos anos com outras três marcas que estamparam a camisa do clube: Estrela Bet, Esportes da Sorte e Inoovi.

Todas as crises com patrocinadores ocorreram durante a atual gestão de Mario Celso Petraglia, que voltou à presidência do Conselho Administrativo em 2019 e foi aclamado em 2023.

Athletico x Ligga (2025)

Pioneiro na venda de naming rights, o Athletico fez uma parceria, em junho de 2023, com a Ligga Telecom e rebatizou o nome do estádio para a Ligga Arena.

O acordo era de R$ 200 milhões por 15 anos, sendo R$ 13,3 milhões por temporada, e colocava o Rubro-Negro no top-3 de clubes que mais recebia pela venda do nome do estádio. Apenas Corinthians, com a Neo Química, e o Palmeiras, com o Allianz, recebiam mais na ocasião. Hoje, o São Paulo, com o MorumBis, lidera a lista.

A parceria entre Athletico e Ligga Telecom virou caso de Justiça. O Rubro-Negro cobra R$ 50 milhões referentes às parcelas que estariam atrasadas.

De acordo com informações passadas pela diretoria para os conselheiros, a Ligga atrasou pagamentos desde o ano passado. Além disso, a empresa ainda descumpriu um acordo para a quitação dos débitos. Em uma tentativa de negociação, a empresa teria pedido uma redução dos valores, o que não foi aceito pelo Athletico, que decidiu acionar a Justiça.

Em nota enviada ao UmDois Esportes, a empresa diz que mantém tratativas com o clube e não reconhece ter um débito de R$ 50 milhões.

Athletico x Esportes da Sorte (2024)

O Athletico suspendeu o contrato com a casa de apostas Esportes da Sorte, que era o patrocinador máster desde março de 2023, em outubro de 2024. A medida foi tomada após a empresa estar na lista das casas de apostas com irregularidades e que devem ser banidas pelo governo federal.

Na ocasião, a diretoria rubro-negra explicou que “notificou a empresa patrocinadora “Esportes da Sorte” da imediata suspensão da execução e exposição de sua marca junto ao Club, com base em prerrogativa contratual e legal“.

A Esportes da Sorte só conseguiu autorização para operar legalmente no Brasil em janeiro deste ano por meio de determinação judicial, mas não retomou o contrato com o Athletico. O Furacão ficou quatro meses sem patrocinador máster e fechou, em fevereiro, com a casa de apostas Viva Sorte até dezembro de 2026.

Athletico x Estrela Bet (2022)

Em 2022, o Athletico encerrou a parceria, de forma unilateral, com a também casa de apostas Estrela Bet após somente quatro dias. A empresa pagaria pouco mais de R$ 10 milhões por um período superior a um ano de contrato para estampar o nome no espaço mais nobre da camisa.

No entanto, a diretoria rubro-negra se incomodou que a Estrela Bet fechou um acordo com o Internacional por valor parecido para a omoplata, que vale menos que o espaço do patrocinador máster.

Por conta do valor que considerou baixo, o Athletico removeu todas as postagens com o nome da casa de apostas das redes sociais e do site oficial, além de retirar o painel instalado na fachada da Arena da Baixada.

“O clube e a empresa discutiram uma possibilidade de readequação do valor do patrocínio, o que acabou não sendo possível implementar. Por esse motivo, optaram consensualmente pelo término da breve parceria”, justificou o Rubro-Negro.

Athletico x Inoovi (2019)

Em junho de 2018, o Athletico anunciou uma parceria “inovadora no mercado do futebol” com a Inoovi Ltd, empresa de criptomoedas. A moeda virtual da empresa se chamava IVI, que, segundo divulgado pelo clube, “foi criada exclusivamente para o mundo esportivo, inclusive podendo ser utilizada para a transferência de atletas”.

Na entrevista de apresentação, o presidente Mario Celso Petraglia pediu para que “a nação atleticana acredite e invista [na IVI] com seus recursos de poupança”.

Porém, em março de 2019, o Furacão suspendeu a parceria com a Inoovi pela falta de pagamento dos valores da moeda virtual previstos em contrato. O Corinthians também fechou com a empresa, mas abandonou a parceria pouco tempo depois.

Na época do acordo com o Athletico, especialistas em criptomoedas alertaram para os indícios de amadorismo da empresa, além do desconhecimento sobre a IVI.

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