Data marcada

Daniel Alves será julgado nos dias 5, 6 e 7 de fevereiro de 2024. O jogador brasileiro é acusado de estuprar uma jovem em uma cabine de uma boate em Barcelona em 30 de dezembro de 2022.

Julgamento

A 21ª seção da Audiência de Barcelona anunciou nesta quarta-feira (20) as datas fixadas para o julgamento do jogador, que permanece em prisão preventiva desde que foi detido no último mês de janeiro.

Possíveis penas

Enquanto o MP espanhol pede 9 anos de prisão para o ex-jogador do Barcelona, a acusação pediu uma pena mais elevada, de 12 anos de detenção, o máximo previsto na lei para o crime de agressão sexual.

E a defesa?

A defesa do brasileiro pede sua absolvição alegando que o caso trata de relações sexuais consensuais, embora sustente que os 150 mil euros que o réu já pagou - impostos pela juíza como fiança durante seu indiciamento - abrem a porta a um atenuante de reparação dos danos em caso de condenação, segundo fontes jurídicas consultadas pela Agência EFE.

Pode acontecer

Embora as posições das acusações e da defesa pareçam distantes, não se pode descartar um pacto às vésperas do julgamento que reduza a pena do jogador, em troca do reconhecimento do crime e da indenização da vítima.

Acordo?

As acusações e a defesa, aliás, mantiveram conversas há meses para explorar a possibilidade de um acordo, embora em comunicado divulgado em novembro a denunciante tenha fechado a porta ao pacto depois de enfatizar que os danos morais e as consequências sofridas pela agressão sexual são “irreparáveis”.

O que houve

Segundo o Ministério Público, Daniel Alves agrediu sexualmente a jovem em 30 de dezembro de 2022, no banheiro de uma cabine da boate Sutton, em Barcelona. O jogador e um amigo seu convidaram a jovem, uma prima e outra amiga para se sentarem com eles na cabine, onde os cinco beberam champanhe, conversaram e dançaram, momento em que Daniel Alves teria aproveitado para se aproximar da vítima, cuja mão agarrou em duas ocasiões para aproximá-la de seu pênis.

O que houve

Depois, o jogador teria se dirigido a uma porta adjacente e fez um gesto para que a jovem se aproximasse, o que a vítima aceitou, sem saber como era a área privada em que tinha acabado de entrar. De acordo com o MP, Daniel Alves levou-a para um banheiro, fechou a porta e agrediu-a sexualmente, mantendo uma atitude "desprezível" em relação à rejeição da vítima. 

Entenda o caso

Apesar de a jovem ter pedido “repetidamente” para sair do banheiro, o Ministério Público alega que o brasileiro a impediu, o que provocou na vítima uma situação de “angústia e terror” que a deixou impossibilitada de reagir.

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CRÉDITOS

Edição: UmDois Esportes.

Texto: EFE.

Fotos: EFE, Divulgação e CBF.