Em sete dias, Cuca viveu uma pressão inédita em sua carreira. Desde seu anúncio no Corinthians, o treinador lidou com questionamentos da torcida acerca do Escândalo de Berna.
Anúncio e críticas
Cuca foi anunciado pelo Corinthians na quinta-feira (20) e logo o clube foi criticado pela escolha, já que o técnico foi condenado por crime sexual, em 1987, na Suíça.
Entrevista
No dia seguinte ao anúncio, Cuca concedeu sua primeira entrevista coletiva. Na primeira pergunta, discursou longamente sobre sua inocência no caso de Berna, afirmando que teria sido julgado à revelia.
Protestos no sábado
Os esclarecimentos de Cuca em seu anúncio não foram suficiente para a torcida corintiana. De acordo com a Justiça suíça e jornais que noticiaram o caso à época, o treinador foi condenado e teve participação direta - vestígios de seu sêmen foram encontrados no corpo da vítima.
Derrota e pressão
Na estreia de Cuca, o Corinthians chegou a abrir o placar diante do Goiás, mas foi surpreendido com a virada para 3 a 1. Ainda durante o jogo, no minuto 87 - em referência ao ano em que o caso de Berna aconteceu -, todas jogadoras e o técnico da equipe feminina do Corinthians, Arthur Elias, publicaram em suas redes sociais uma nota conjunta, contra o atual momento do clube
Além da pressão pública, Adilson Monteiro Alves, idealizador da "Democracia Corinthiana", publicou nota defendendo a equipe feminina após a manifestação.
Defesa da vítima
Na terça, Willi Egloff, advogado da vítima, afirma que a menina, então com 13 anos, reconheceu Cuca como um de seus agressores. A entrevista foi ao portal Uol.
Último ato
Na quarta-feira, o Corinthians garantiu classificação na Copa do Brasil nos pênaltis. Após o jogo, Cuca pediu demissão do cargo "a pedido da família".