Seleção brasileira negocia amistoso com país em guerra, acusa Galvão Bueno

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) negocia amistoso da seleção brasileira contra a Rússia, que está banida do futebol por conta da invasão na Ucrânia. A informação foi divulgada pelo narrador Galvão Bueno durante o programa “Galvão e Amigos”, na segunda-feira (05).
Galvão Bueno exibiu no programa a resposta da CBF para o convite realizado pela União Russa de Futebol. Segundo o documento, o Brasil viajaria até a Rússia para o amistoso e teria disponível as Datas Fifa de outubro, entre 6 e 14, e novembro, de 10 a 18..
"A diretoria de seleções será mobilizada para trabalhar em torno da realização do referido jogo", diz trecho do documento que contém a assinatura do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em 29 de agosto de 2024.
Após a exibição do documento, Galvão Bueno criticou Ednaldo Rodrigues.
"A Rússia foi banida do futebol e o presidente da CBF, mais de dois anos depois, agradece e aceita levar a Seleção Brasileira para o palco da guerra para jogar com um time que não é possível, que a Fifa não permite", destacou.
A Rússia está banida do futebol pela Fifa e pela Uefa desde fevereiro de 2022. A CBF ainda não se manifestou sobre o assunto.
Seleção brasileira ainda procura um novo treinador
Outro assunto debatido na CBF é a contratação de um novo técnico. Segundo o diretor de seleções Rodrigo Caetano, a entidade quer contratar o substituto de Dorival Júnior até o final da próxima semana.
"Até por questões de negociação e também de sigilo, fica praticamente impossível a gente ficar aqui falando a respeito de probabilidade. Sabemos que é um tema nacional, a escolha do técnico da seleção brasileira, de extrema responsabilidade, mas nós temos aí a intenção de, num prazo máximo, ainda na semana que vem ter essa definição".
O favorito para ficar com a vaga é o italiano Carlo Ancelotti, que está próximo de rescindir o contrato com o Real Madrid.
A CBF precisa enviar a pré-lista de 50 nomes para a Fifa até o dia 18 de maio. A convocação prévia não precisa ser realizada pelo novo treinador e pode até ser assinada pelo presidente Ednaldo Rodrigues.
A seleção está sem técnico desde a demissão de Dorival Júnior após a goleada sofrida para a Argentina por 4 a 1, em 28 de março. O treinador já arrumou um novo emprego e assumiu o comando do Corinthians.