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Desafios

Mudança na eleição e busca por um CT: as promessas do novo Deliberativo do Paraná

Por
Juliana Fontes
03/02/2021 19:30 - Atualizado: 29/09/2023 20:10
CT Ninho da Gralha pertence ao empresário Carlos Werner.
CT Ninho da Gralha pertence ao empresário Carlos Werner. | Foto: Átila Alberti/Arquivo/Tribuna

A Chapa Luta & União, eleita para o Conselho Deliberativo do Paraná, terá como um dos primeiros desafios a realização de eleições no clube. Existem, até o momento, três cenários possíveis para o pleito. Além disso, o grupo promete tentar mudar o estatuto e buscar soluções para o caso envolvendo o Centro de Treinamentos Ninho da Gralha, que não pertence mais ao Tricolor.

Presidido por Renato Collere, o grupo é composto pelo vice Sérgio Bello, o segundo vice Ailton de Souza, o primeiro secretário Felipe Piovezan e o segundo secretário Daniel Rodrigues Pinto. A gestão da chapa será válida até 2023.

Possibilidades para as eleições do Paraná

Com a renúncia do ex-presidente Leonardo Oliveira, em janeiro, a Mesa Diretora precisa convocar novas eleições. Sérgio Molletta assumiu de forma interina no último dia 20. O Conselho Deliberativo se reunirá no início da segunda quinzena de fevereiro para definir como funcionará e qual o cronograma do processo eleitoral. Existem três cenários, por enquanto, desenhados (1,2.1 e 2.2):

1) Cronograma eleitoral que coincida com as eleições estatutárias que já estavam previstas para a segunda quinzena de setembro de 2021. Neste cenário, o presidente interino segue no cargo até o presidente eleito assumir;

2) Cronograma eleitoral no qual eleições ocorram antes da segunda quinzena de setembro de 2021. Neste caso, existem duas variantes:

2.1) A chapa eleita teria excepcionalmente um mandato superior a 3 anos (3 anos e "x" dias), pois assumiria antes do previsto inicialmente;

2.2) A chapa eleita teria mandato "tampão" entre a data da eleição e a data da posse (no mês de dezembro). Isto significaria que teríamos duas eleições no ano. Esta última possibilidade é a menos cotada.

"Discussões iniciais levam a um entendimento de que não é benéfico ao clube termos duas eleições no ano. Entretanto, a decisão caberá às conselheiras e aos conselheiros", disse Collere ao UmDois Esportes.

Sérgio Molletta assumiu o Paraná de forma interina e pode permanecer até o final do ano. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes.
Sérgio Molletta assumiu o Paraná de forma interina e pode permanecer até o final do ano. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes.

Mudanças no estatuto

Outra meta da chapa eleita é alterar o estatuto do clube, visando futuras eleições, facilidade para novas parcerias e criação de novos planos de sócios.

"Nós temos já tais exemplos [o que mudar, na prática, no estatuto],  mas os primeiros passos ocorrerão nas comissões de Conselheiros. Fazendo desta forma, não induzimos os demais com nossas ideias e buscamos ideias até melhores", destacou.

O grupo quer votar as mudanças até o fim de 2021 para que sejam válidas no início de 2022.

Novos líderes prometem atacar problemas patrimoniais

Novo Conselho garante que atuará em projetos em relação à Vila Capanema. Foto: Antonio More/Arquivo/Gazeta do Povo.
Novo Conselho garante que atuará em projetos em relação à Vila Capanema. Foto: Antonio More/Arquivo/Gazeta do Povo.

Além da mudança estatutária, o novo presidente do Deliberativo cita outros pontos cruciais a serem abordados pela nova gestão, como o grave problema das dívidas do clube, o atual status do dilapidado patrimônio paranista, a gestão orçamentária e o balanço fiscal.

Além disso, garante que atuará diretamente em projetos em relação à Vila Capanema e ao CT Ninho da Gralha. Este último, o clube perdeu na Justiça para o empresário Carlos Werner, ex-investidor do Tricolor.

"Um dos sonhos é termos um estádio melhor, com conforto ao torcedor. Para viabilizar, buscaremos, assim como o clube, melhores soluções de parceria e receitas", comentou.

O Paraná tem a concessão da Vila Capanema até 2048, mas o acordo com a União poderá ser prorrogado. No caso do CT, qualquer possível acordo terá que ser feito com o empresário Carlos Werner.

"O atual CT não é mais de propriedade do Paraná, e ele foi por cinco anos gratuitamente cedido. Temos aproximadamente 3 a 4 anos ainda desta gratuidade. Não podemos deixar para tratar deste tema na última hora", frisou.

Collere diz que os próximos passos sobre a negociação acerca do CT ainda serão discutidos.

Novo presidente do Deliberativo faz apelo à torcida do Paraná

Ciente da delicada situação financeira que vive o clube, Collere pede a participação da torcida.

"Se você é paranista e nunca participou, participe do clube! Os sábios crescerão com críticas! Os estúpidos não as escutarão!", escreveu em material enviado aos conselheiros na última semana.

Collere pediu união dos torcedores. Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo.
Collere pediu união dos torcedores. Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo.

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