O Paraná Clube sofreu mais um revés judicial em meio à sua delicada situação financeira. A Justiça determinou que o Tricolor quite uma dívida de cerca de R$ 100 mil com o grupo WMS Supermercados do Brasil, que possui um mercado atacadista na Avenida Comendador Franco, em Curitiba, onde o Tricolor mantinha uma loja oficial. A informação foi publicada primeiramente pela Banda B e confirmada pelo UmDois Esportes.
O imbróglio tem origem nos anos 1990. O terreno, que já foi do Paraná, foi negociado em 1997, inicialmente por meio de um contrato de aluguel, e vendido definitivamente em 1999. No acordo, o clube manteve o direito de utilizar um espaço de 30 metros quadrados para uma loja oficial. O benefício, no entanto, tinha validade de 20 anos, encerrando-se em setembro de 2019.
O grupo WMS decidiu não renovar a cessão do espaço para destiná-lo a outro comércio. O Paraná, porém, se recusou a desocupar o local, alegando que tinha direito vitalício. Desde então, as duas partes brigam na Justiça. Agora, a decisão foi desfavorável ao clube.
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De acordo com o processo, a empresa cobra do Paraná aproximadamente R$ 7 mil referentes a quatro meses de aluguel, IPTU e condomínio entre outubro de 2019 e janeiro de 2020. Com juros e atualização monetária, o valor da dívida já supera R$ 100 mil.
O Paraná argumentou estar em recuperação judicial e, portanto, não possui condições de arcar com as custas do processo. A Justiça, contudo, não acatou. A decisão reconheceu a propriedade do Grupo WMS, determinou a saída do Paraná e o pagamento da dívida.

O UmDois Esportes entrou em contato com o setor jurídico do Paraná, mas ainda não obteve retorno. A matéria será atualizada em caso de resposta do clube. O Tricolor ainda pode recorrer da decisão.
Paraná vive momento de decisão sobre venda da SAF
Na mesma semana em que teve a derrota na Justiça, o Paraná teve uma importante notícia sobre o seu futuro. O clube lançou o edital para a venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e pretende concluir as negociações ainda neste ano. Com valor mínimo de investimento de R$ 212 milhões em dez anos, a proposta foi apresentada para a Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba.
A favorita para ficar com a SAF paranista é a Nextplay Capital Holding SA, que já negocia desde março. O grupo de empresários é liderado por Pedro Weber, que trabalhou no Azuriz e no América-RN e será o CEO do projeto em caso de desfecho positivo.