Tóquio-2021

Ana Marcela Cunha fatura a medalha de ouro na maratona aquática

Ana Marcela Cunha caiu nas águas da Odaiba Marine Park como uma das favoritas ao pódio da maratona aquática. E ela não apenas confirmou as previsões, como faturou a medalha de ouro para o Brasil na Olimpíada de Tóquio-2021, na noite desta terça-feira (3), no horário de Brasília. A brasileira fechou a prova com o tempo de 1h59min30s8, seguida da holandesa Sharon van Rouwendaal que chegou a 0s9 de Ana Marcela e da australiana Kareena Lee, 1s7 atrás.

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A baiana de 29 anos fez uma prova irretocável. Nos primeiros 4 quilômetros, ela se manteve entre as três primeiras e depois assumiu a liderança. E foi assim até o sexto quilômetro. Quando faltavam dois quilômetros para o fim, ela caiu para a quarta colocação, mas se recuperou rapidamente ao assumir a primeira posição no último quilômetro.

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Ana Marcela chegou ao pódio olímpico pela primeira vez na carreira. Sua estreia foi nos Jogos de Pequim, em 2008, quando tinha apenas 16 anos e chegou na quinta colocação. Quatro anos depois, se frustrou por não conseguir a vaga para a Olimpíada de Londres. Já no Rio, em 2016, voltou aos Jogos Olímpicos, mas ficou em décimo lugar na prova que teve a brasileira Poliana Okimoto sendo bronze.

A medalha é reflexo do que ela já vinha apresentando em outras competições. Só em Campeonatos Mundiais a nadadora tem 11 pódios, sendo os mais relevantes o tetra nos 25 km, o ouro nos 5 km, em 2019, e uma prata e dois bronzes na distância de 10 km. Neste ano, ela venceu a etapa de Doha, no Catar, da Série Mundial, no mês de março.

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Para os Jogos de Tóquio, Ana Marcela fez uma preparação em Sierra Nevada, no sul da Espanha, em um centro de treinamento que fica em região de altitude. Com isso, ela consegue melhorar seu condicionamento físico para competir na prova de sete voltas em um circuito na água.

O treinamento em altitude é muito procurado por atletas que fazem provas de resistência. Serve para os maratonistas do atletismo e também para os nadadores de longa distância. Os efeitos no corpo duram algum tempo e ela competiu no Japão com sua condição fisiológica aprimorada.

Antes da Espanha, passou por um duro período de treinos no Rio, no Complexo Maria Lenk, acompanhada por seu treinador desde 2013, Fernando Possenti, que também esteve com ela em Sierra Nevada e está em Tóquio. Boa parte de sua preparação no ano passado teve de ser reformulada por causa da pandemia do novo coronavírus.

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