Internacional

Putin acusa Comitê Olímpico Internacional de comercializar e politizar o esporte

Por
EFE
12/09/2023 14:09 - Atualizado: 05/10/2023 09:36
Vladimir Putin, presidente da Rússia
Vladimir Putin, presidente da Rússia | Foto: EFE

O Comitê Olímpico Internacional (COI) está subvertendo as ideias de Pierre de Coubertin, o fundador dos Jogos Olímpicos modernos, ao politizar e comercializar o esporte, denunciou nesta terça-feira o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na sessão plenária do Fórum Econômico Oriental, em Vladivostok.

"Penso que as atuais direções das federações internacionais, do próprio COI, subvertem a ideia original de Pierre de Coubertin", afirmou, comentando as proibições impostas aos atletas russos devido à guerra na Ucrânia.

Segundo Putin, "o esporte deve estar separado da política e não deve distanciar as pessoas, mas sim uni-las".

Putin lamentou ainda que, na última década, "o movimento olímpico tenha caído na armadilha dos interesses financeiros". "Houve uma comercialização inaceitável do esporte internacional e do movimento olímpico internacional", acrescentou.

O dirigente russo enfatizou que "não se trata apenas de estabelecer recordes, mas de unir as pessoas".

"E o movimento olímpico internacional perdeu essa função. E isso é lamentável para este movimento, porque de uma forma ou de outra vão surgir movimentos alternativos. Isso é inevitável. É um processo objetivo", afirmou.

Putin recordou que no ano que vem serão disputados os Jogos da Amizade e os Jogos dos Brics, nos quais "todos os que não são politizados participarão com gosto".

O mandatário russo também condenou a decisão de proibir os atletas russos e bielorrussos de participarem sob as suas bandeiras nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, observando que "durante décadas persistiram em direção aos seus objetivos, mas agora não podem alcançá-los devido a considerações políticas".

Putin se recusou a julgar os atletas russos que mudaram de nacionalidade esportiva: 55, de acordo com o Ministério do Esporto russo, embora os especialistas estimem que possam ser mais de cem.

"Não estou criticando ninguém. Mas quando um atleta, sobretudo um atleta de alto rendimento, sobe ao pódio e ouve o hino do seu país e a bandeira é hasteada, isso é importante. Mas, no final do dia, cada um faz a sua escolha", disse.

O governante reconheceu, no entanto, que "para algumas pessoas o esporte e as competições internacionais são como uma sublimação da guerra". "Parece haver alguma verdade nisso", disse.

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