Mais de 200 atletas da Rússia mudaram ou tentaram mudar a nacionalidade para seguir a carreira, após as sanções impostas ao esporte do país, primeiro por escândalos de doping e depois pela guerra da Ucrânia, segundo publica nesta quinta-feira o site independente russo “Holod”.

“Após analisar anúncios sobre a troca de cidadania esportiva, dados abertos sobre participantes de competições e os registros abertos das federações esportivas, o “Holod” contou 204  atletas que mudaram ou têm a intenção de mudar a cidadania esportiva”, indicou a publicação.

O “Holod” indicou que, entre esses atletas há profissionais renomados, campeões europeus ou mundial em suas especialidades, também outros atletas muito jovens, para os quais “a renúncia à cidadania russa é a única saída para salvar suas carreiras”.

Os enxadristas do país são os que mais mudaram de cidadania nos últimos dois anos, totalizando 141.

A maioria deles não tornam pública a decisão, o que acaba sendo conhecida durante as competições, informou o “Holod”.

A Rússia ainda sofreu a perda de 11 patinadores, 11 cavaleiros ou amazonas, cinco jinastas e cinco tenistas, além de quatro jogadores de futebol e quatro representantes do atletismo. 
Em outras 16 modalidades esportivas, a Rússia perdeu de um a quatro atletas.

O país que mais recebeu russos foi Israel, que conta com 25 russos, seguido da Sérvia, com 19, da Alemanha, com 13, e da França, com 12.

O “Holod”, contudo, admite que o número real de russos que mudaram de bandeira pode ser muito maior, já que há vários jovens pouco conhecidos ou que participam de esportes com pouca difusão.