Elas estão cada vez mais presentes no tatame. A terceira edição do GBF Camp no Brasil, da academia Gracie Barra, reuniu mais de 320 mulheres entre os dias 8 e 10 de março. O evento busca servir de exemplo para que outras equipes estimulem a prática de Jiu-Jitsu entre o público feminino.
O encontro na Gracie Barra, em Florianópolis, inclusive, bateu recorde e superou o GBF Camp do Arizona, nos Estados Unidos, no final de fevereiro, quando 250 mulheres marcaram presença. Só de Curitiba, foram mais de 80 mulheres que se deslocaram até a capital do estado vizinho para compartilhar a paixão pela modalidade.
Foram três dias de ensinamentos do jiu-jitsu com seminários, palestras e trocas de conhecimento para fortalecer e abrir caminho para que mais mulheres se tornem adeptas aos kimonos.
A professora e faixa preta de Jiu-Jitsu, Nika Schwinden, que foi uma das líderes do evento que se tornou o maior encontro feminino da história do arte suave, comenta sobre a importância da realização e promoção deste tipo de iniciativa.
“Uma das melhores maneiras de mostrar para a mulher que o lugar dela é onde ela quiser, são com esses eventos. Nesses eventos, a gente coloca um número expressivo de mulheres, de todas as formas, idades, profissões, mães, aposentadas, enfim… e traz o poder da representatividade dentro do tatame e que mostra, mais uma vez, que o jiu-jitsu é para todos. E, claro, é para elas também”, afirmou.
“Esse evento, em especial, foi o maior evento de Jiu-Jitsu feminino já promovido no mundo. Nunca se colocou este número de mulheres em um tatame durante três dias. Então, além de trazer representatividade, também estamos fazendo história dentro do nosso esporte”, acrescentou Nika.
A iniciativa, que começou em 2020 quando o mestre Carlos Gracie Jr, também em Santa Catarina, promoveu o primeiro aulão exclusivo para mulheres, quer seguir fazendo história, engajando e impactando cada vez mais o público feminino e a comunidade em geral por meio do esporte.