Em alta no país após o surgimento do fenômeno João Fonseca, o tênis brasileiro vai ganhar seu primeiro clube com quadras exclusivamente de grama natural. Inspirado no All England Lawn Tennis and Croquet Club, de Londres, sede do tradicional torneio de Wimbledon, o Lawn Tennis Club, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, tem previsão de inauguração para junho de 2026.

Com 9.000 m² de área total, o novo clube terá nove quadras de grama natural, restaurante, espaço de eventos para 180 pessoas, área kids, vestiários, churrasqueira, spa recovery, lavandário (plantação de pés de lavanda) e estacionamento para 50 veículos.

Em entrevista ao UmDois Esportes, o gestor do Lawn Tennis Club, Roberto Reis, explica a escolha da cidade e o conceito do clube exclusivo.

“Nós somos apaixonados pelo tênis. A ideia do tênis de grama é a inovação, o diferente, o novo. Curitiba sempre foi a cidade onde tudo foi testado e inventado no Brasil. Toda nova ideia começou, em sua maioria, em Curitiba. Nós já tínhamos essa vontade em virtude da paixão do tênis e a grama é algo mais exclusivo que o saibro. Wimbledon é o único Grand Slam do circuito na grama. Todos são apaixonados, todos que jogam profissionalmente querem jogar Wimbledon uma vez na vida. E nós queríamos trazer para o Brasil. Nós somos um país tropical, a grama é uma questão delicada, mas estudamos muito o assunto e vamos fazer isso dar certo”, explica Reis.

(Foto: Divulgação/VFJR Arquitetura/Arquiteto Valdir Furtado Junior)

Quando fica pronto o clube de tênis na grama?

Ainda em construção, o Lawn Tennis Club tem previsão de entrega para junho de 2026. No momento, o projeto está em fase de reserva para a pré-venda de títulos. A meta é reunir até 200 sócios, número que garantirá conforto no uso e disponibilidade das quadras.

Enquanto as quadras não ficam prontas, o foco é escolher a melhor grama para proporcionar a melhor experiência para os futuros usuários. “Estamos na fase de construção do clube, terraplanagem e a compra de todos os materiais, entre elas a grama exclusiva. A grama precisa ter 8 mm de altura e se assemelha muito a do golfe. Tivemos uma abertura muito grande com os clubes de Curitiba, que mostraram os equipamentos utilizados e acharam a ideia genial”, comenta Reis.

O gestor também destacou as diferenças entre o tipo de grama que será utilizado em Campo Magro e o usado em Wimbledon. “A grama utilizada na Inglaterra é mais adaptada a umidade. Nós estamos testando a melhor espécie de grama para adaptar ao nosso clima. Ainda não definimos, mas vamos ficar entre duas e três espécies que existem na América Latina. O que existe na Inglaterra é bem específica para o clima deles. Estamos abrindo uma clareira na América Latina, uma frente nova. Tudo que estamos fazendo agora vai servir como experiência para fazer o melhoramento da grama que estamos estudando para que seja a mais perfeita possível no nosso clima”, diz.

(Foto: Divulgação/VFJR Arquitetura/Arquiteto Valdir Furtado Junior)

Sonho de trazer João Fonseca para o Lawn Tennis Club

A construção do Lawn Tennis Club acompanha o crescimento do tênis no Brasil. Além de trazer os praticantes do esporte, o novo clube sonha também em receber torneios e servir até de local de treinamento para os principais tenistas brasileiros, entre eles João Fonseca e Bia Haddad Maia, na preparação para Wimbledon.

“Podemos tê-los em Curitiba. Nós estamos convidando para que venham para Curitiba, vamos dar todo o suporte. Antes de empreendedores e empresários, nós somos grandes apaixonados pelo tênis. Queremos que eles sejam cada vez melhores, que sejam top 1, que foi o que o Guga fez. Queremos ter novos Gugas. Nosso clube estará aberto para que os nossos melhores jogadores do circuito possam vir para cá e melhorar a performance para ter cada vez mais ídolos no Brasil”, destaca o gestor do clube.

“Convido a CBT para que venham nos conhecer após a inauguração e queremos trazer todos os torneios importantes de grama, a nível internacional. E se a Confederação quiser, pode fazer uma etapa do Campeonato Brasileiro na grama, assim como é no Grand Slam. Objetivo é fazer com que os jogadores de tênis no Brasil comecem a entrar neste universo da grama para que o tênis evolua. Isso também serve para esses jogadores que querem entrar no nível internacional”, acrescenta Reis.

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