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Bia Haddad vence, vai à final no Aberto da Austrália e mira feito de Maria Esther

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Estadão Conteúdo
27/01/2022 13:18 - Atualizado: 04/10/2023 17:01
Bia Haddad vence, vai à final no Aberto da Austrália e mira feito de Maria Esther
| Foto: EFE

Beatriz Haddad Maia voltou a fazer história no tênis brasileiro na noite desta quarta-feira, manhã de quinta pelo horário australiano. Ela e a casaque Ana Danilina derrotaram as favoritas Shuko Aoyama e Ena Shibahara por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 5/7 e 6/4, e avançaram à final das duplas do Aberto da Austrália. As japonesas eram as cabeças de chave número dois.

Jogando na Rod Laver Arena, a quadra central do torneio, Bia e Danilina dominaram o set inicial, desperdiçaram um match point na segunda parcial e precisaram suar para se recuperar e fechar o confronto no terceiro set. O sofrimento vem fazendo parte da campanha da dupla, que conquistou três das quatro vitórias anteriores de virada, por 2 a 1.

Na final, no domingo, a dupla Haddad e Ana Danilina vão enfrentar as checas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova. Vice-campeãs em Melbourne no ano passado, são as atuais campeãs olímpicas e seguem em busca da quarta conquista de Grand Slam juntas. Elas já venceram duas vezes em Roland Garros (2018 e 2021) e uma em Wimbledon (2018). Siniakova é a atual número 1 do mundo nas duplas e Krejcikova vem logo atrás, ocupando o segundo lugar.

Embaladas, brasileira e casaque somam agora nove vitórias consecutivas, somando os triunfos obtidos no WTA 500 de Sydney, do qual foram campeões na semana anterior ao Aberto da Austrália

Com o novo triunfo, Bia se tornou a terceira brasileira finalista de um Grand Slam. Antes dela, só chegaram a uma decisão deste nível a lenda Maria Esther Bueno e Cláudia Monteiro, vice-campeã nas mistas em Roland Garros, em 1982 - na ocasião, formou dupla com o compatriota Cássio Motta.

Se vencer no domingo, Bia se tornará a primeira campeã brasileira de um Grand Slam na chamada "Era aberta" do tênis, que começou em 1968 e profissionalizou a modalidade. Somente Maria Esther ganhou torneios de Major entre as brasileiras (foram 19 ao todo!), mas antes deste período.

O título no domingo, se vier, fará a tenista de 25 anos igualar a lenda brasileira. Maria Esther, falecida em 2018, foi campeã nas duplas na Austrália em 1960. Cinco anos depois, foi vice em simples.

A boa fase de Bia na Austrália confirma o crescimento das duplas femininas do Brasil. No US Open do ano passado, Luisa Stefani era favorita para chegar à decisão quando se machucou durante a semifinal. Um mês e meio antes, ela e Laura Pigossi conquistaram a medalha de bronze nos Jogos de Tóquio, o primeiro pódio do tênis brasileiro numa Olimpíada.

No masculino, o Brasil vem brilhando nas duplas desde o início dos anos 2000, com André Sá. Ele abriu caminho para Bruno Soares e Marcelo Melo. O primeiro soma seis títulos de Grand Slam, entre troféus nas duplas masculinas e mistas. Melo levantou os troféus de Roland Garros e Wimbledon.

Na noite desta quarta, pelo horário brasileiro, Bia e Danilina começaram melhor e faturaram a primeira quebra de saque do jogo no terceiro game, abrindo 2 a 1. Mas as japonesas reagiram rapidamente. Devolveram a quebra e empataram o set, que permaneceu equilibrado até o nono game. Foi quando a dupla da brasileira obteve nova quebra e encaminhou a parcial.

Mais confiantes, brasileira e casaque mantiveram o embalo no início do segundo set. Nova quebra veio no terceiro game: 2 a 1. Elas abriram 3 a 1 e tiveram oportunidades de fazer 4/1. As japonesas, contudo, não desanimaram e estiveram perto de empatar em 4/4. Bia e Danilina resistiram, sustentaram a vantagem e chegaram a desperdiçar um match point no saque das adversárias no oitavo game. Na sequência, Bia sacou para fechar o jogo, mas perdeu o serviço.

Aoyama e Shibahara fecharam o set em seguida e forçaram a disputa da terceira parcial. Mais uma vez, brasileira e casaque saíram na frente, com uma quebra no terceiro game. E souberam administrar a vantagem, desta vez com mais tranquilidade, até selar a vitória.

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