A abertura da sexta rodada comprovou uma tendência do Campeonato Paranaense deste ano: vale mais a pena jogar fora de casa do que dentro nesta competição.

Contando com os seis jogos desta quarta, os visitantes somaram 56 pontos, mesma soma dos mandantes. É grande a possibilidade de desempate nesta quinta-feira. Afinal, o Coritiba venceu as duas partidas que disputou longe do Couto Pereira e o Paranavaí ainda não ganhou – nem no Waldemiro Wagner, nem fora dele.

Se o Coxa vencer, fará dessa a rodada de maior pontuação dos forasteiros.

Nos jogos da quarta, só o Iguaçu não levou para casa algum ponto na bagagem. E foi por pouco. Afinal, saiu de um terrível 0 a 4 contra o Cascavel para um empolgante 3 a 4. Três gols de Danielzinho, jogador do Paraná. Foi o primeiro triunfo da Serpente.

Os demais no mínimo empataram. O Atlético manteve a invencibilidade ao ficar no 1 a 1 com o Toledo, que agora não perde há 27 jogos no Estadual, independentemente de divisão.

Também empatou o Engenheiro Beltrão, ainda sem técnico, contra o vice-líder Cianorte. O Leão do Vale do Ivaí, aliás, é um belo exemplo deste campeonato dos visitantes: somou os seis pontos que disputou fora de casa e já desperdiçou quatro pontos no Albino Turbay.

Exemplo melhor, só o Londrina, que somou 10 dos seus 11 pontos longe do Estádio do Café. A vítima da vez foi o Foz, que até domingo não perdia ponto no seu estádio, mas há três rodadas não faz ponto em lugar algum. Pior para o técnico Sérgio Moura, o quarto a perder o emprego no campeonato.

Emprego que também começa a ficar distante de Gilberto Pereira, que perdeu mais uma com o Nacional, em casa: 2 a 1 para o Iraty, que ainda não havia vencido como visitante.

Quem também ganhou a primeira longe de seus domínios foi o J. Malucelli, que fez 2 a 1 no Rio Branco – este, sim, uma mãe quando jogo no Caranguejão.

Claramente a boa performance dos visitantes é reflexo da velha tática de jogar fora casa: marcação forte na defesa, espaços reduzidos e escapadas no contra-ataque para explorar o erro do oponente. Em um campeonato em que, com raras exceções, as equipes se equivalem, essa fórmula tem sido mortal.