Divulgação/ Vipcomm
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A única realidade por ora na rumorosa vinda de Muricy Ramalho ao Atlético é: ele foi oferecido ao Rubro-Negro. Ação de empresário, que fez proposta aparentemente tentadora. O Atlético assina com ele e, plim!, surge um patrocinador para rachar o custo mensal do treinador. No Palmeiras, Muricy recebia 500 mil por mês. Na Baixada ganharia 400 mil, metade paga pelo clube, metade pelo tal parceiro.

Acontece que o Atlético ouviu o mesmo canto da sereia no ano passado. O personagem em questão era o atacante italiano Christian Vieri. Era assinar com o avante e surgiria o patrocinador. O Atlético recuou a tempo, pois não havia parceiro engatilhado. Se assinasse, o clube sairia de um custo esperado de 1 milhão de reais para um prejuízo de 3 milhões. Isso por um atacante fora de forma, que não jogava havia meses. Tivesse colocado sua assinatura no contrato de Vieri, Marcos Malucelli teria enfiado o Atlético na Segunda Divisão do Brasileiro.

Com Muricy o clube já saiu escolado. Não vai assinar se não tiver segurança de que o parceiro existe, não é apenas uma isca. Não tem pressa para trazer um novo treinador. Leandro tem o cargo prometido até o fim do Paranaense. Para o Brasileiro, é outra história.

E admitindo que o Atlético realmente não vá cair em um possível blefe, a conclusão é lógica e frustrante. Espero estar errado, mas se depender de patrocinador, Muricy Ramalho não virá para o Atlético. Da mesma forma que Belletti não virá para a Baixada. Se o Santos, a vedete do futebol brasileiro, ainda não conseguiu um investidor para Robinho, titular da seleção brasileira que vai à Copa do Mundo, quem conseguirá um patrocinador para um lateral insosso ou um técnico com fama de mal-humorado em um futebol que está fora dos grandes mercados do país?

Em entrevista a Nadja Mauad, Marcos Malucelli negou qualquer interesse em Muricy Ramalho.