
O equatoriano Guerrón concede entrevista ao lado do diretor Ocimar Bolicenho: “não sou goleador”
Quem não conhece casais em que os dois são ótimas pessoas, mas acabam não dando certo? Às vezes acaba não dando liga, não rolando a tão falada química. É este o desafio de nossos times no retorno do Brasileirão.
A tal química até o momento funcionou muito bem com o Paraná Clube, que, dificuldades financeiras a parte, encontrou em Leandro Bocão o parceiro ideal para Marcelo Toscano. Toscano gosta de flutuar pelo campo e Bocão tem ótimo porte físico, mas ambos não são de ficar muito parados e tal receita é um dos motivos da liderança paranista nas primeiras sete rodadas. Some isso a uma defesa de poucos erros, a um bom ala esquerdo e a volantes que fazem bem a saída de bola. É uma fase interessante do relacionamento do futebol com o Tricolor e pode render belos frutos se a mágica se mantiver até o fim da Série B.
O Coritiba fez o Paranaense em lua de mel e reforçou pontualmente o time. Os três primeiros jogos chegaram a acender o alerta, mas o Verdão engatou quatro vitórias seguidas, a melhor sequência da Série B. O Coxa conseguiu superar os problemas de contusões e criou um interessante rodízio de jogadores, no que pese problemas de falta de atacantes. Soluções saíram do banco e resolveram partidas. O que sugere-se disso? Ney Franco parece ter química com o elenco. Bill está machucado. Ariel, o outro centroavante, vazou. Betinho terá que ter a mesma empatia com o gol que teus antecessores. Ao menos, Marcos Aurélio finalmente voltará depois de longo tempo parado após ter jogado o fim do estadual no sacrifício e quase ter feito chover.
A maior preocupação com química, liga e essa história toda é com o Atlético. Dez jogadores foram contratados pelo Furacão, que só saiu da ZR porque o Grêmio Prudente foi imprudente e escalou um jogador suspenso, perdendo pontos no tapetão. Alguns, obviamente, não serão titulares até pela concentração deles especialmente no ataque. O grande X da questão é que Carpegiani assumiu o clube há pouco tempo e agora pôde moldar o time à sua imagem. Se o Atlético que entrar em campo depois da Copa do Mundo for com características similares aos seus melhores times da história recente, com saída de bola em velocidade alucinante (exceção feita ao time da Libertadores de 2005), a grande contratação, o equatoriano Joffre Guerrón cairá como uma luva, jogador de velocidade e agudez que é. Caso contrário, poderemos não ter a química necessária para “La Dinamita” explodir. É, Carpegiani… Depende de ti dizer se rola ou não rola.