O Coritiba não perdoou a preguiça do Santos. Com um segundo tempo acima da média, o time do técnico Marcelo Oliveira pôs os campeões da Libertadores na roda.
Saiu perdendo, empatou, levou o segundo, igualou novamente, defendeu um pênalti e virou nos minutos finais. O Coxa foi demais no 3 a 2 na Vila Belmiro.
Um triunfo marcado pela aplicação tática do time, com a assinatura do treinador alviverde. À beira do campo, ele desequilibrou.
“Uma grande vitória, adversário muito bom, situação adversa”, resumiu Oliveira. “Mérito dos jogadores que não desistiram jamais”, seguiu.
O comandante foi humilde. O mérito, dessa vez, foi dele. O contestado técnico alviverde deixou claro, mais uma vez, que tem a equipe nas mãos.
***
A torcida do Atlético, curiosamente, tem um motivo – apenas um, tudo bem — para exaltar o trabalho de Adilson Batista.
Foi o treinador, hoje no São Paulo, o responsável pelo acerto de Cléber Santana com o Furacão. Ele convenceu a diretoria a trazê-lo em meados de maio.
A negociação emperrou à época por causa do salário do apoiador, cerca de R$ 200 mil no Morumbi. Era tido como “caro” pela gestão Malucelli.
Mas Adilson insistiu e convenceu a chefia. Hoje o armador pode ser considerado a exceção na equivocada gestão de Batista – marcado pelo passivo na tabela.
Dentro de campo, Santana comanda a reação do Rubro-Negro neste Brasileiro. Joga sério no meio-campo, não inventa moda, é cascudo e decisivo.
Nesta quarta-feira (17/8), três meses após chegar fora de ritmo na Baixada, ele decidiu mais um jogo: 2 a 1 no Cruzeiro.
O gol no último minuto deixou a certeza de que com Cléber Santana a turbulência vai passar.
***
Por tudo isso, desde já, o Atletiba do dia 27/8 promete.
***
A seleção brasileira sub-20 tem tudo para ser campeã mundial da categoria sem encantar — ganhou a semifinal desta quarta-feira (17/8) por 2 a 0 do México.
É um time que imprime um ritmo forte, mas não sabe trocar passes. Vai decidir com Portugal, dono de um sólido sistema de marcação. Será um jogo de defesa contra ataque.
Apesar do time nacional não encantar, torço por Ney Franco – o primeiro vestígio de profissionalismo nas categorias de base da CBF.