O Tribunal de Justiça de Barcelona convocou, nesta quinta-feira (8), uma audiência para tratar da prisão preventiva do lateral-direito brasileiro Daniel Alves, acusado de estuprar uma jovem de 23 anos no banheiro de uma boate em Barcelona no dia 30 de dezembro do ano passado, conforme relatado à Agência EFE por fontes jurídicas.
A defesa do jogador apresentou em maio um recurso no Tribunal de Barcelona contra a decisão da juíza de instrução de mantê-lo em prisão preventiva, onde está desde o dia 20 de janeiro.
Os advogados do ex-lateral do Barcelona, Cristóbal Martell e Arnau Xumetra, pedem a sua liberdade provisória, argumentando neste novo recurso que é “impensável” que tente fugir, tendo em conta que possui um “projeto de vida” na cidade espanhola e já enviou os filhos para a escola em um centro da capital catalã.
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Para os advogados, “é impensável a aventura de fuga” de Dani Alves, porque significaria “um fardo insuportável para o sujeito e um desrespeito desnecessário para si e para a família e filhos” que o jogador “não quer causar”.
Desta forma, a defesa de Dani Alves sustenta que o risco de fuga é “inexistente”.
Defesa de Daniel Alves segue tentando questionar versão de vítima
Além de negar o risco de fuga, a maior parte do recurso centra-se em questionar a versão da vítima por conta das imagens captadas pelas câmaras de segurança da discoteca “Sutton” momentos antes de Alves e a denunciante entraram no banheiro onde o estupro supostamente ocorreu.
A defesa, que forneceu ao tribunal um relatório que analisava as imagens, afirma que este documento é de utilidade “inquestionável”.
A terceira seção do Tribunal de Barcelona realizará uma audiência amanhã, às 11h (hora local), para discutir a prisão preventiva de Dani Alves após o recurso apresentado por sua defesa em que pede sua liberdade, o que é contestado tanto pelo Ministério Público quanto pela defesa da jovem.
A audiência será à porta fechada e sem a presença do brasileiro nem física nem virtualmente, de maneira que dela participarão apenas o Ministério Público e as equipes jurídicas das partes.