Copa de 2022

Astro alemão denuncia condições de trabalho no Catar: “Inaceitáveis”

Estádio Zaha Hadid, no Catar

O meia alemão Toni Kroos classificou nesta quarta-feira como “inaceitáveis” as condições de trabalho em vigor no Catar, sede da Copa do Mundo de 2022, considerando que estas não defendem a segurança dos trabalhadores.

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“Os imigrantes são submetidos a jornadas de trabalho contínuas, sob temperaturas de 50ºC, não são alimentados de forma digna e não têm acesso a água potável”, afirmou o jogador do Real Madrid, em um podcast conjunto com o seu irmão Félix, que relatou ainda que os trabalhadores não têm as condições de segurança mínimas, nem acesso a cuidados médicos, considerando que a decisão de realizar o Mundial no Catar “não foi boa”.

Kroos ressaltou ainda que no país do Oriente Médio a homossexualidade é punida legalmente e denuncia a prática de “uma certa violência” sobre os trabalhadores. “Tudo isso é absolutamente inaceitável”, considerou o alemão, manifestando a esperança de que o futebol possa chamar a atenção para esses problemas.

Em fevereiro, o jornal britânico The Guardian revelou que mais de 6.500 trabalhadores migrantes morreram no Catar, desde a escolha da Fifa, em 2010, para o país ser sede da Copa do Mundo de 2022.

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No último dia 24, em uma partida contra Gibraltar, pelas Eliminatórias do Mundial, os jogadores da seleção da Noruega usaram camisetas com a inscrição “direitos humanos dentro e fora do campo” na entrada em campo para denunciarem a situação dos trabalhadores migrantes no país anfitrião do evento. Um dia depois, a Alemanha repetiu o gesto no jogo contra a Islândia.

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