É bem difícil dizer que o Fluminense não teve méritos na conquista do título do Campeonato Brasileiro. Tem o melhor técnico, um elenco cheio de “estrelas do futebol”, uma torcida apaixonada e uma máquina de mídia a seu favor. Jogou melhor, teve a melhor campanha e colocou mais um troféu em sua sala de conquistas.

A fórmula dos pontos corridos (ainda não entendo alguém que defenda outras diferentes, como mata-mata ou coisa que o valha) premiou, mais uma vez, o time mais competente. O mais regular. Aquele que teve a capacidade de vencer em campo (sem melindres sobre ajudas sobrenaturais da arbitragem) conquistou o título. E numa rodada em que não tivemos uma só final, mas sim três.

(Quatro, se considerarmos o desespero de Vitória e Atlético-GO como um jogo de extrema importância (para suas respectivas torcidas, com certeza).

Muricy Ramalho, embora não goze do meu prestígio por ser um recorrente malcriado com a imprensa esportiva, é indiscutivelmente o melhor técnico da atualidade. Os números (e conquistas) falam por ele. Mas ao recusar o convite da CBF em treinar a seleção brasileira (e botar o presidente Ricardo Teixeira numa saborosa saia justa) ele mostrou ser um líder nato. Teve o time na mão, fez dele o que quis e com ele foi à glória.

Fluminense se estrelas conhecidas. Emerson, Fred, Washington e Conca , a maior delas. Jogador de rara habilidade e trato gentil com a bola. É argentino, mas afinal o que importa é ter saúde. Jogou muito. É o craque do Brasileirão e repete feito do seu compatriota Tevez ao brilhar “sem medo e sem vergonha” de brilhar em terras brasileiras.

Dito tudo isso, faço uma pequena ressalva:

– Flu, vocês ainda nos devem (ao povo brasileiro) uma Série B!