A Gazeta do Povo traz hoje no caderno de Esportes um editorial sobre a saída de Neto e o imbróglio envolvendo Kelvin. Trata-se da opinião do jornal sobre os dois episódios. Confira:
Triste a sina dos clubes do Paraná, obrigados a abrir mão de suas melhores revelações de forma extemporânea, na maioria das vezes sem obter o devido retorno no que foi investido na formação do atleta. A situação é recorrente e nem bem um novo ano se inicia mais uma vez ela se repete, envolvendo jovens craques paranaenses.
É o caso de Kelvin, do Paraná Clube, que sequer se reapresentou na volta aos trabalhos, e de Manoel e Neto, do Atlético. Assediado por vários clubes brasileiros, o zagueiro atleticano, muito embora com contrato em vigência, pressiona por um considerável reajuste ou pela sua saída, enquanto que o goleiro foi negociado ontem com a Fiorentina. Pelo futuro no futebol, até mesmo como goleiro da seleção olímpica, é questionável afirmar se foi compensador o valor de 3,5 milhões de euros pela liberação de Neto, de apenas 21 anos.
Alguns fatores contribuem para que isso ocorra, em especial a falta de estrutura dos clubes, muitas vezes geridos de forma amadorística. A legislação vigente – leia-se Lei Pelé – que, se trouxe pontos positivos na relação do jogador com o time que o mantém sob contrato, também acarretou algumas distorções. Na maioria das vezes, o clube que lançou o jovem é o menos favorecido, cabendo a parte do leão para a legião de empresários que infesta o futebol brasileiro.
Qual a sua opinião sobre o assunto?