O vizinho de blog Luigi Poniwass levantou a bola no A Noite Toda e, conforme ouvi quarta-feira na BandNewsFM, já há movimentação para criar um projeto de lei que barre os brigões nas casas noturnas. O mote é o assassinato de um garçom e o ferimento a bala de quatro frequentadores do Vila Viola, na segunda-feira.
Acho a ideia excelente. Hoje sou um baladeiro aposentado, mas já vi muito absurdo pela noite curitibana, tanto de frequentadores violentos como de seguranças despreparados, passar totalmente impune.
A inspiração para o “Serasa da Balada” é clara no futebol inglês, que veta o acesso ao estádio de torcedores violentos. Fichados e cadastrados, são barrados quando tentam entrar no estádio ou têm de se apresentar a uma delegacia. Algo que o Brasil já deveria há tempos ter feito nos seus campos, vide acontecimentos que se repetem em dias de jogos, muito mais longe dos estádios do que dentro deles.
Torço para que a punição aos brigões emplaque e pegue rapidinho na balada, embora considere um vergonha para o futebol que uma atitude dessas seja tomada primeiro na noite do que nos estádios.
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Aproveitando o tema, MateusCoxa me cobrou com razão a falta de resposta a um questionamento dele. Diz que eu deveria me desculpar com organizadas e políticos por tê-los associado à morte do João Henrique.
Mateus, o que penso e quis dizer é o seguinte: episódios como o do João Henrique são fruto da intolerância que tomou conta do futebol (e você atropelar alguém porque é rival é intolerância). Essa intolerância é, sim, disseminada por setores de organizadas e não é tratada com a devida importância pelo poder público, políticos inclusive.
É isso que eu penso, isso que quis dizer. Se não ficou evidente da outra vez, me desculpo com você pela falta de clareza. A organizadas e políticos não devo qualquer pedido de desculpa.