Afonso Alves estreou hoje pela seleção brasileira. Contra a Inglaterra, em Wembley, com a camisa esportiva mais famosa do planeta, fez o que se espera de alguém que marcou 34 gols pelo Heerenveen no peladeiro futebol holandês: nada.

Seria melhor se também não tivesse dito nada na entrevista ao jornal Record, de Portugal. Mas o desconhecido atacante mostrou-se um belo boquirroto. Disse que é “um jogador tático, não um preguiçoso como Romário.”

A imprensa, logicamente, foi atrás de Romário para ouvir o outro lado. Os jornalistas – e Afonso com sua enorme boca – tomaram um drible do Baixinho igual àquele que certa vez de um nó na coluna do volante Amaral, e agora dá um nó na língua do ufo do Heerenveen.

“Quem? Afonso? Nunca ouvi falar. Nem sei quem é. Só falo de quem eu conheço.”

Romário ainda foi bondoso de preparar uma resposta fresquinha para a mais nova invenção do Dunga. Poderia ter buscado na memória uma frase requentada que cairia como uma luva para a situação: “Subiu no ônibus agora e quer sentar na janelinha?”.