
Paulo Baier, o líder que faltava ao Atlético.
Não assisti a Sport x Atlético. Estava curtindo a merecida folga com a família, comendo uma pizza. Recorro, então, a recortes do que li sobre o jogo.
“O pacotão antirrebaixamento funcionou. Novo técnico, ânimo renovado, o tão esperado jogador de referência e uma chance para quem vinha sendo ignorado. Assim o Atlético largou a lanterna e venceu pela primeira vez no Campeonato Brasileiro”
Ana Luzia Mikos, Gazeta do Povo.
“A bola parada de Paulo Baier foi o ponto alto do Furacão na primeira etapa.”
Angelo Binder, Gazeta Online.
“quase todas as investidas ofensivas do Atlético passavam de um jeito ou de outro pelo meia, fosse na articulação, nas bolas paradas e até na orientação da equipe. “Era a referência, um jogador experiente que estava faltando e ela já se entrosou com a equipe. Passamos seis semanas tristes e agora vamos poder respirar”, disse Rafael Moura.”
Ana Luzia Mikos, Gazeta do Povo.
“A grande virtude do time foi a aplicação na marcação, já que o adversário, apesar de ter mais tempo de bola e controle do jogo, poucas vezes ameaçou o gol de Vinícius.”
Clewerson Bregenski, Tribuna do Paraná.
“Foi na base da conversa que o novo treinador criou um Atlético guerreiro e vencedor. Devido ao mau tempo em Recife, Lemos não conseguiu realizar coletivo apronto e teve que gastar muita lábia para dar motivação ao grupo.”
Clewerson Bregenski, Tribuna do Paraná.
“A vitória atleticana suada teve participação direta do técnico Waldemar Lemos. O técnico estreante da noite mexeu bem no time, colocando Wesley no jogo. Foi na cobrança de escanteio do meia –atacante que Rafael Santos mandou a bola para a rede de Magrão aos 28 do segundo tempo”
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/esportes/conteudo.phtml?tl=1&id=896047&tit=Atletico-vence-quebra-tabu-e-deixa-a-lanterna-do-Brasileiro
“A confiança dada a Rafael Santos, que foi seu jogador na seleção brasileira de base, deu ânimo redobrado ao atleta, que retribuiu com uma boa apresentação. Inclusive, mais uma vez, o defensor mostrou ter veia de artilheiro, ao marcar o único gol do jogo.”
Clewerson Bregenski, Tribuna do Paraná.
“Até então, o Atlético sofria com os mesmos problemas. Lentidão e total falta de sincronia do ataque. Depois do gol, o sufoco foi para segurar o Leão da Ilha, nunca antes abatido pelo Furacão em casa (este foi o 14º confronto no Recife).”
Ana Luzia Mikos, Gazeta do Povo.
Algumas conclusões:
– O ânimo da chegada do novo técnico é infalível no futebol. O instinto de sobrevivência do boleiro o leva a superação para mostrar serviço ao novo chefe;
– Paulo Baier é o cara certo para liderar o Atlético. Se realmente se propor a desempenhar esse papel, o rebaixamento passará longe da Baixada;
– Rafael Santos fez seu terceiro gol pelo Atlético, todos em escanteios cobrados entre a marca do pênalti e a linha frontal da pequena área. É a única (e boa) jogada que o Atlético tem há mais de um ano – em 2008, só mudavam os personagens. Waldemar precisa trabalhar mais opções, com urgência;
– Na volta para casa, ouvi o amigo Cristian Toledo comentando após o jogo: “O Atlético vinha jogando mal e perdendo. Jogar mal e ganhar já é um grande negócio”. Concordo com o Cristian. O mais importante agora é ganhar fôlego, pouco importa como. Paralelamente, é preciso criar condições para que o time comece a jogar bem. Essa combinação costuma ser infalível.
Animais à solta
Navegando pela internet, me deparo com a seguinte notícia: “torcedores” do Coritiba atacaram a sede da FlaParaná. Para quem não conhece, essa sede é um bar lá no Alto da XV, onde torcedores flamenguistas se reunem há algum tempo para ver jogos do clube. Virou consulado oficial do clube carioca.
Aí um bando se vê no direito de decidir que torcedores de um time de fora não podem ser reunir em um lugar para ver os jogos do seu time. Mais ou menos a mesma coisa que alguém achar que torcedores de Coritiba, Atlético e Paraná não podem se reunir para torcer pelos seus times no Rio, em São Paulo, no Acre ou na Faixa de Gaza.
Esse tipo de sujeito não tem nada de torcedor. São bandos criminosos que aproveitam a histórica permissividade com as organizadas para propagar a violência.
A polícia agora deu de não ter registros de ocorrências desse gênero. Ao invés de resolver o problema, faz de conta que ele não existe. Os comandos das organizadas dizem que não têm controle sobre os associados, e a violência vai se espalhando. E se distanciando do estádio. Hoje, não precisa nem mais ter jogo para o pau quebrar. Essa gente está matando o futebol.
Ah, e só para não fulanizar as coisas. Esse episódio envolveu coxas e flamenguistas, mas já tivemos coisas do gênero com atleticanos e paranistas. Que ninguém venha querer dar lição de moral na torcida alheia. Esses bandos, como um câncer, estão corroendo todas as nossas torcidas.
Matador?
Thiago Gentil, o atacante que o Coritiba tenta contratar, não fez um gol sequer na última edição do Campeonato Grego.