A fonte está secando para o Coritiba na busca por técnicos. Ney Franco, Vágner Mancini e Adílson Batista ficam onde estão. Caio Júnior vai para o Japão. Alexandre Gallo vai para qualquer lugar que não o Alto da Glória, o que é ótimo.

Como o clube não pode brincar na escolha do técnico para o centenário, as opções ficam mais restritas ainda. Neste cenário, por que não o Levir Culpi?

O cara tem experiência e currículo suficientes para agüentar a pressão de dirigir o Coritiba no centenário. Cansou de ganhar títulos no Cruzeiro (tem alguns vices na carreira, é verdade), até cotado para a seleção brasileira já foi, em 2000, logo após a saída do Luxemburgo.

É da cidade, portanto sabe a dimensão exata da missão de dirigir o Coxa no ano que vem.

Ok, é caro. Não vai sair do Japão por qualquer proposta. Mas acho que viria por pouco mais que os 150 mil que o Dorival Júnior ganhava (divididos proporcionalmente entre ele, o Ivan Izzo e o Celso Rezende).

E o que é principal, colocaria o coração no trabalho. Se sente em dívida com o Coritiba. Em 2006, quando quase fechou para tentar tirar o time da Série B, revelou ao repórter Carlos Vicelli que ainda se incomodava por não ter subido o time em 91.

O Coxa tinha uma ótima equipe, com Pachequinho, Chicão, Heraldo, Luiz Henrique, Hélcio, Nardela. Foi até a semifinal contra o Guarani, de onde foi eliminado pelas artimanhas do Beto Zini e o apito do José Roberto Wright.

“Eu tenho muita vontade de voltar a dirigir o Coritiba. Foi aqui que começou minha carreira no futebol. Quero modificar a história. Em 1991 nós não subimos porque fomos roubados fora de campo. É a chance que eu teria de levar esse clube à Primeira Divisão”, disse Levir em 2006.

Agora, seria a chance de algo ainda maior. Vencer com o clube no ano centenário. Acho que Levir toparia. Resta saber se o Coxa topa.