Dois dias folga. Muito sono, programas em família e uma pós-graduação para por em dia e vi quase nada da rodada. Para ser mais exato, vi os gols do Paraná e o segundo tempo de Atlético x Iraty. Uma pena, pois os resultados mostram que esta foi uma das melhores rodadas e evidenciaram uma marca deste campeonato: o equilíbrio. Se não é um primor técnico (e, sejamos justos, qual campeonato hoje no Brasil é?), o Paranaense é disputado e com emoção crescente.

Campeonato Atletiba

Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

É um campeonato dividido em dois. Um é particular da dupla Atletiba. Vale a bonificação dupla, mas deve se estender à luta pelo título.

Enfim, Ivo Wortmann encontrou um time no Coritiba. No 3-5-2 como ele tanto gosta. Com um líbero que quase não erra passe (Douglas Silva), dois volantes que saem para o jogo (Pedro Ken e Paraíba), um armador (Renatinho) e um ataque aliando velocidade (Marcos Aurélio) a referência Hugo. O Coxa foi convincente nas duas vezes que jogou assim, contra Toledo e Cascavel.

No Atlético, Geninho já desenhou seu time titular. Convenceu-se que só terá um armador eficiente se escalar dois jogadores que marquem no meio.

Na vitória sobre o Iraty, porém, prevaleceram a dedicação e a bola parada. A dedicação do time inteiro, que se armou direitinho para cobrir a ausência física de Alberto (a futebolística já é de longa data). E a bola parada de Netinho, que a exemplo do que ocorreu diversas vezes nos últimos meses, desenrolou um jogo complicado para o Atlético.

Imagina se o Atletiba fosse agora? Ah, Federação!

Bandeira erra, Héber acerta, Héber erra

Hedeson Alves/ GP
Hedeson Alves/ GP

Lances polêmicos na Baixada. No primeiro, Wesley Marmitt errou ao não dar impedimento de Rafael Moura no gol. No segundo, Héber acertou ao dar falta de Rafael Moura em Alencar – o He-Man apoiou-se no goleiro. E no terceiro, Héber errou ao expulsar Rafael Moura, que levou um tapa na cara de Almeida sem revidar ou tê-lo agredido antes.

O outro campeonato
O outro campeonato envolve do terceiro colocado Iraty ao lanterna Paranavaí. São apenas seis pontos de diferença, proximidade que só não espanta mais que a do oitavo (11 pontos) com 13º (10 pontos). A segunda fase e a degola separados por um mísero ponto.

Nesse ritmo, não será surpresa se alguém começar a última rodada classificado e terminá-la rebaixado, ou vice-versa.

Onde estava Peterson?
“No ataque, a aposta maior é Peterson, que vem bem credenciado do interior de São Paulo. Para se contrapor à sua juventude, a experiência de Wando.” Foi o que o blog escreveu no dia 9 de janeiro, ao fazer um esboço do Paraná-2009, com Peterson como titular.

Eu só havia lido a respeito de Peterson e da sua capacidade de fazer gols. Comelli (imagina-se) o conhecia melhor. Afinal, indicou sua contratação e o viu treinar diariamente nos últimos dois meses. Se é assim, por que demorou tanto para Peterson ter uma chance? Por que tanta insistência com Abuda, Osmar e até Lenílson lá na frente antes de testar o garoto?

Abuda lá
Viram o Abuda? Já marcou três gols pelo Marília. Será que ele estava de má vontade no Paraná?

Toledo aqui
Há quatro rodadas, o Toledo era um dos melhores times do Paranaense. Folgou uma rodada, perdeu três jogos e já está na zona do rebaixamento. É a prova de que esse Estadual não perdoa vacilos.

No ataque, a aposta maior é Peterson, que vem bem credenciado do interior de São Paulo. Para se contrapor à sua juventude, a experiência de Wando.

Prazer, Prasel

Para quem ainda não viu, recomendo a leitura da matéria assinada por Maria Gizele da Silva, na Gazeta deste domingo, contando a trajetória do goleiro Ricardo Prasel. Guarapuavano, 18 anos, 2,02 metros, jogava no Joinville quando foi encontrado via Orkut pelo preparador de goleiros do Juventus-SP. Defendeu o clube da Mooca na Copa São Paulo e lá impressionou um empresário europeu que havia visto suas defesas no Youtube. Foi ao Standard Liege, não ficou. E agora faz um teste no Chelsea. Um história impressionante, aliando o velho sonho de ser jogador de futebol à tecnologia do nosso mundo atual.

Orkut
Orkut

O blog responde
Voltando timidamente ao O blog responde. Como são poucos os comentários diretamente a mim, faço como um tópico deste post. Se a coisa crescer na semana, volta a ser um post exclusivo.

Thiago Pierson escreve, Edu Lisboa repete, Isler concorda e eu assino embaixo. Coritiba, Atlético e Paraná preocupam demais para o Brasileiro. O futebol apresentado em um mês e meio de estadual é pouco, ainda mais se compararmos com os outros times. Desse jeito, meus amigos, ficaremos de maio a dezembro fazendo contas de rebaixamento – nas duas divisões.

Rafael Lemos, colunista do Furacão.com, faz um correção acertada e errada ao mesmo tempo. Acerta ao dizer que errei nas contas ao dizer que o título de 70 foi o único do Atlético em um intervalo de 22 anos. Mas erra ao dizer que intervalo era de 12. E explico. Minha intenção era dizer que foi o único título do Atlético no intervalo de 23 anos, entre 1959 e 1981 (um ano antes e um depois desse período, o Atlético foi campeão). De qualquer forma, me expressei mal e porcamente no texto.

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