Dois dias folga. Muito sono, programas em família e uma pós-graduação para por em dia e vi quase nada da rodada. Para ser mais exato, vi os gols do Paraná e o segundo tempo de Atlético x Iraty. Uma pena, pois os resultados mostram que esta foi uma das melhores rodadas e evidenciaram uma marca deste campeonato: o equilíbrio. Se não é um primor técnico (e, sejamos justos, qual campeonato hoje no Brasil é?), o Paranaense é disputado e com emoção crescente.
Campeonato Atletiba

É um campeonato dividido em dois. Um é particular da dupla Atletiba. Vale a bonificação dupla, mas deve se estender à luta pelo título.
Enfim, Ivo Wortmann encontrou um time no Coritiba. No 3-5-2 como ele tanto gosta. Com um líbero que quase não erra passe (Douglas Silva), dois volantes que saem para o jogo (Pedro Ken e Paraíba), um armador (Renatinho) e um ataque aliando velocidade (Marcos Aurélio) a referência Hugo. O Coxa foi convincente nas duas vezes que jogou assim, contra Toledo e Cascavel.
No Atlético, Geninho já desenhou seu time titular. Convenceu-se que só terá um armador eficiente se escalar dois jogadores que marquem no meio.
Na vitória sobre o Iraty, porém, prevaleceram a dedicação e a bola parada. A dedicação do time inteiro, que se armou direitinho para cobrir a ausência física de Alberto (a futebolística já é de longa data). E a bola parada de Netinho, que a exemplo do que ocorreu diversas vezes nos últimos meses, desenrolou um jogo complicado para o Atlético.
Imagina se o Atletiba fosse agora? Ah, Federação!
Bandeira erra, Héber acerta, Héber erra

Lances polêmicos na Baixada. No primeiro, Wesley Marmitt errou ao não dar impedimento de Rafael Moura no gol. No segundo, Héber acertou ao dar falta de Rafael Moura em Alencar – o He-Man apoiou-se no goleiro. E no terceiro, Héber errou ao expulsar Rafael Moura, que levou um tapa na cara de Almeida sem revidar ou tê-lo agredido antes.
O outro campeonato
O outro campeonato envolve do terceiro colocado Iraty ao lanterna Paranavaí. São apenas seis pontos de diferença, proximidade que só não espanta mais que a do oitavo (11 pontos) com 13º (10 pontos). A segunda fase e a degola separados por um mísero ponto.
Nesse ritmo, não será surpresa se alguém começar a última rodada classificado e terminá-la rebaixado, ou vice-versa.
Onde estava Peterson?
“No ataque, a aposta maior é Peterson, que vem bem credenciado do interior de São Paulo. Para se contrapor à sua juventude, a experiência de Wando.” Foi o que o blog escreveu no dia 9 de janeiro, ao fazer um esboço do Paraná-2009, com Peterson como titular.
Eu só havia lido a respeito de Peterson e da sua capacidade de fazer gols. Comelli (imagina-se) o conhecia melhor. Afinal, indicou sua contratação e o viu treinar diariamente nos últimos dois meses. Se é assim, por que demorou tanto para Peterson ter uma chance? Por que tanta insistência com Abuda, Osmar e até Lenílson lá na frente antes de testar o garoto?
Abuda lá
Viram o Abuda? Já marcou três gols pelo Marília. Será que ele estava de má vontade no Paraná?
Toledo aqui
Há quatro rodadas, o Toledo era um dos melhores times do Paranaense. Folgou uma rodada, perdeu três jogos e já está na zona do rebaixamento. É a prova de que esse Estadual não perdoa vacilos.
No ataque, a aposta maior é Peterson, que vem bem credenciado do interior de São Paulo. Para se contrapor à sua juventude, a experiência de Wando.
Prazer, Prasel
Para quem ainda não viu, recomendo a leitura da matéria assinada por Maria Gizele da Silva, na Gazeta deste domingo, contando a trajetória do goleiro Ricardo Prasel. Guarapuavano, 18 anos, 2,02 metros, jogava no Joinville quando foi encontrado via Orkut pelo preparador de goleiros do Juventus-SP. Defendeu o clube da Mooca na Copa São Paulo e lá impressionou um empresário europeu que havia visto suas defesas no Youtube. Foi ao Standard Liege, não ficou. E agora faz um teste no Chelsea. Um história impressionante, aliando o velho sonho de ser jogador de futebol à tecnologia do nosso mundo atual.

O blog responde
Voltando timidamente ao O blog responde. Como são poucos os comentários diretamente a mim, faço como um tópico deste post. Se a coisa crescer na semana, volta a ser um post exclusivo.
Thiago Pierson escreve, Edu Lisboa repete, Isler concorda e eu assino embaixo. Coritiba, Atlético e Paraná preocupam demais para o Brasileiro. O futebol apresentado em um mês e meio de estadual é pouco, ainda mais se compararmos com os outros times. Desse jeito, meus amigos, ficaremos de maio a dezembro fazendo contas de rebaixamento – nas duas divisões.
Rafael Lemos, colunista do Furacão.com, faz um correção acertada e errada ao mesmo tempo. Acerta ao dizer que errei nas contas ao dizer que o título de 70 foi o único do Atlético em um intervalo de 22 anos. Mas erra ao dizer que intervalo era de 12. E explico. Minha intenção era dizer que foi o único título do Atlético no intervalo de 23 anos, entre 1959 e 1981 (um ano antes e um depois desse período, o Atlético foi campeão). De qualquer forma, me expressei mal e porcamente no texto.
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