Esqueçamos o título mundial não oficial de 1951 reivindicado pelo Palmeiras, mas não levado a sério por ninguém do mundo futebolístico, além dos próprios palmeirenses.

O que importa é o fato de o Palmeiras poder, efetivamente, vencer o torneio de clubes mais importante do planeta e dar um fim a essa interminável e enfadonha discussão.

Na realidade, o Palmeiras pode quebrar o longo jejum sul-americano de títulos.

O último representante do nosso subcontinente a levantar a taça foi o Corinthians, em 2012, curiosamente batendo na decisão o Chelsea, finalista na atual edição.

Dez anos se passaram e nenhuma equipe sul-americana alcançou sucesso.

Os europeus acumularam lauréis, com destaque ao Real Madrid, o maior papa-títulos no período. Até o Grêmio sentiu a superioridade técnica dos espanhóis ao ser derrotado na final de 2017.

O Flamengo perdeu para o Liverpool, em 2019, e o Palmeiras nem chegou à decisão, em 2020, que reuniu o vencedor Bayern Munique e o Tigres, do México.

Desta feita, entretanto, pelo que vem jogando ultimamente, o chamado time esmeraldino paulista pode, sim, voltar com o ambicionado troféu.

Graças ao grupo de jogadores reunido e a capacidade criativa e de liderança do português Abel Ferreira, o Palmeiras derrotou com autoridade o Flamengo na Copa Libertadores da América e soube enfrentar o egípcio Al Ahly na partida classificatória.

O Chelsea, que não atravessa um momento técnico dos mais auspiciosos, encontrou maior grau de dificuldade para superar o Al Hilal, da Arábia Saudita.

Mas é um time inglês, e só isso basta para ser respeitado.

O futebol da Inglaterra cresceu muito nas últimas décadas e o seu campeonato nacional – a milionária Premier League – tornou-se o mais rentável e tecnicamente o mais equilibrado da Europa.

Voltemos ao Palmeiras, que conta com o excelente goleiro Weverton, uma defesa firme e bem estruturada, um meio de campo com mobilidade a partir do talentoso Danilo, e três homens de frente que se mexem rapidamente, trocam passes e finalizam com precisão: Raphael Veiga, Dudu e Rony.

Vale a pena conferir e torcer pelo ressurgimento do futebol brasileiro no plano internacional.