Walter Alves / Agência de Notícias da Gazeta do PovoWalter Alves / Agência de Notícias da Gazeta do Povo
Para diretoria paranista, Kelvin não está mais com a cabeça no Tricolor

Kelvin é um fenômeno – no sentido mais irônico da expressão. O atacante canhoto não jogou o suficiente para adquirir tanto cartaz. É, sem dúvida, ilógica a meteórica ascensão do moicano da Vila.

Não que ele seja um perna de pau. Longe disso. Tem habilidade, demonstra ser um talento promissor, uma boa aposta de mercado. Mas é isso. Ponto final.

Agora, na boa, é um atleta digno de ser escondido de empresários na Copa São Paulo, jogar menos de um ano e ser vendido para a Europa, garantir o investimento de dirigentes que trabalham em duas frentes dentro do clube, negar-se a vestir a camisa do clube?

Não pode ser.

Pela pouca idade, claro, tem potencial para se tornar um nome de expressão. Mas hoje é só um sucesso de imagem. Capitalizou muito bem o seu futebol arisco, com o pé sempre girando encima da bola, com a tendência Neymar.

Ao longo desse período, com início em outubro do ano passado, Kelvin não foi decisivo no Durival Britto. Em nove meses, aliás, foi protagonista do time que caiu para a Segunda Divisão do Estadual.

Em meio à decadência do time em campo, o avante sempre esteve blindado de entrevistas. Sempre agiu como uma estrela.

Por tudo isso, ele está longe – muito longe – de ser um ídolo da torcida.

Kelvin, como disse, é só um fenômeno.Nada mais que um belo exemplo de sorte e oportunismo.