René Simões, Waldemar Lemos e Zetti têm uma semana tranquila (a do paranista um pouco menos, pelo empate com o Ceará) para resolver alguns desafios impostos à escalação de suas equipes. A maioria, bons desafios, pois foram trazidos pelo rendimento acima da média de jogadores que estavam na reserva ou pela perspectiva de quem está por entrar no time. Vamos a eles.
Coritiba

Renatinho: para ele entrar, René precisa mexer nos Paraíbas.
A goleada sobre o Flamengo trouxe boas dúvidas para René Simões. Rodrigo Heffner, Renatinho e Bruno Batata merecem um lugar no time? E se merecem, onde colocá-los?
Cada caso é bem diferente. Heffner ainda me parece um bom reserva. O que Márcio Gabriel fez até aqui não pode ser desprezado, é, disparado, o melhor caminho para o Coritiba chegar ao gol adversário pelas laterais.
Para Renatinho a resposta é bem simples: não. Menos pela sua qualidade, mais por não ter onde colocá-lo. Para Renatinho entrar, tem de sair um dos Paraíbas. Ou sair Marcos Aurélio, com Marcelinho avançado ao ataque. Em ambos os quadros, não vale a pena.
A resposta para Bruno Batata é quase tão simples. Seus 45 minutos contra o Flamengo foram melhores que os melhores momentos do Ariel – que, aliás, fez um excelente primeiro tempo. Batata precisa provar que consegue estender esse bom futebol a uma sequência de jogos. Mas só garantirá a sequência se for tão brilhante contra o Náutico como foi diante do Flamengo.
Atlético

Wallyson deve voltar logo ao time do Atlético.
Impressionante como Waldemar Lemos encontrou um desenho de time em pouco tempo de trabalho. A zaga perdeu pouco com o avanço de Chico para a cabeça da área. E o meio de campo ganhou muito com essa mudança. Ganhou porque Valencia não fica mais sobrecarregado. E porque só com dois cães de guarda é possível armar um esquema em que Paulo Baier só crie e ataque, não precise marcar.
A dúvida, então, fica no ataque. Rafael Moura só fez um gol no Brasileiro. Fora isso, tem jogado muito mal. Efetivar Patrick como titular agora é precipitado.
Eduardo e Wallyson estão aí. Se eu fosse técnico, escalaria os dois. Eduardo porque tem de ser observado e, com a bola jogada por Rafael Moura, não há muito a perder. Wallyson porque tem mais rodagem que Patrick, está mais pronto.
Paraná

Dinelson só aguentará 90 minutos a partir da virada de turno.
Para Zetti, a questão soa como urgente. Não dá mais para manter Wando no time. Não há jogada que ele faça bem do começo ao fim. Se domina bem, dribla ou passa mal. Se domina e dribla bem, finaliza de forma bisonha.
A vaga de Wando está claramente à espera de Dinelson, mas o baixinho só deve ter condições de jogar 90 minutos a partir da virada de turno. Até lá, o Paraná terá de se virar. Pode ser com Malaquias ou Bebeto, opções interessantes para enfrentar o Figueirense, sexta-feira. Em casa, dá até para apostar em Wellington Silva e Alex Afonso juntos, com Alex saindo mais.
Vocês escalam
Bem, já batuquei bastante coisa aí em cima. Certamente algumas bobagens. Passo a bola para vocês. Quem merece ser titular no seu time? Se é que ele realmente precisa dessas mudanças…
Blefe

Soccer City, palco da final da Copa, ainda não está pronto. Ah, se a Fifa fosse tão rigorosa como dizem…
Não dá para levar a sério esses prazos que a Fifa estipulou para a liberação dos estádios na Copa do Mundo. Como se o cronograma fosse a coisa mais rígida do mundo, alguns anunciaram até que se o limite de entrega das praças esportivas não for cumprido, a cidade-sede perde o direito de sediar a Copa.
É ingenuidade acreditar nisso. Se o prazo de entrega de estádios para a Copa de 2014 é dezembro de 2012, deduz-se que o de entrega dos estádios para a Copa da África era dezembro de 2008. Estamos em junho de 2009 e a África do Sul tem apenas quatro estádios prontos, todos reformados, todos utilizados na Copa das Confederações. Nenhum estádio novo está pronto. Se o cronograma da Fifa fosse tão rigoroso, a Copa já teria mudado de sede.
O que a Fifa quer é garantias de que poderá faturar o máximo com o mínimo de esforço. Isso o governo brasileiro já garantiu e as administrações estaduais e municipais estão providenciando. O resto é conversa pra boi dormir.
Vocês perguntam, eu respondo
Flávio Coxa pergunta com toda a malícia e veneno, mas vou responder na boa: “Por que o dono do blog não colocou a foto das torres de iluminação do jogo entre Coritiba x São Paulo no Couto Pereira em 1998? Será que a RPC não autoriza ou nenhum outro clube da capital conseguiu tal proeza?”
Porque eu postei de casa (como indica o horário) e não tenho lá o arquivo de fotos do jornal. Logo, recorri ao Flickr e achei a imagem dos argentinos. Para conseguir a imagem aqui, teria de pegar a data do jogo e pedir ao departamento fotográfico que localizasse o negativo e escaneasse a imagem. Trabalho justificável para um post sobre os maiores públicos do nosso futebol, mas como não era esse o tema…
Prosseguindo. A RPC não proíbe nada, Flávio. Não viaja. Sim, outro clube da capital já conseguiu a proeza, lá no Couto mesmo (Atlético x Flamengo, em 83).
Gaúcho pergunta. Leonardo..sem criar polêmica, comente a notícia de que o coxa pagou,na justiça, dívidas tributárias do INSS e FGTS com cadeiras do Couto Pereira..que situação hein? e o Conselho Deliberativo do clube aceita este tipo de “exposição” da Instituição????
Cara, para duas cadeiras terem servido para quitar a ação, a dívida devia ser baixa. Muito mais fácil chegar a um acordo e pegar do que cair nessa situação vexatória, de ceder patrimônio do clube (mesmo uma parcela reduzida) para quitar débitos. Pelos meus cálculos, se a dívida é de 2001, passou pelas mãos de três presidentes diferentes.
Alexandre Cassemiro Mendes está certo. Errei ao deixar passar o babem periferia. Já está apagado. Conto com vocês para manter a ordem aqui.