
Geninho fará um rodízio em busca de novas opções para o Atlético.
Geninho vai iniciar um rodízio no time titular do Atlético. Será a partir de sábado, no jogo com o Cascavel. Por algumas rodadas, quem hoje é titular vai para o banco e a turma do banco terá a oportunidade de disputar um jogo inteiro, ou no mínimo a metade inicial dele.
Na verdade, o rodízio é um eufemismo. Uma maneira de testar outras opções em posições que ainda não funcionaram muito bem sem causar alarde. Sob o nome de rodízio, a troca de um titular por um reserva torna-se mais suave. Quem sai ainda se sente prestigiado, e quem entra não fica com a impressão de que é o dono do pedaço. E ainda sobra uma resposta-padrão para a imprensa quando Geninho for questionado se alguém deixou de ser titular. “Não, faz parte do rodízio” dirá o treinador.
Totalmente imunes ao “rodízio”, hoje, só Galatto, Rhodolfo, Antônio Carlos e Valencia. Os demais, seja por qual motivo, sairão.
As possibilidades
Resolvi dar asas à imaginação e, com a ajuda do avançadíssimo Paintbrush, montei algumas variações táticas e de formação que Geninho pode testar nesse “rodízio”.
O time atual

Esse é o Atlético atual, usado, com alguma variação, nas três rodadas iniciais do Paranaense e confirmado para o jogo com o Jota. É a formação preferida de Geninho, com três zagueiros, dois alas, um volante, um meia-armador que marca, um ponta-de-lança e dois avantes.
O próprio treinador tem notado a dificuldade do time em fazer jogadas pelas alas, algo fatal para esse tipo de esquema. Alberto não volta e tem cruzado mal. Netinho é mortal com a bola parada, mas comum quando ela rola. Se os alas não funcionam, Rafael Moura fica isolado na área, especialmente porque Ferreira segue mal.
Além disso, tem o Julio dos Santos. O paraguaio tem funcionado bem na armação, mas precisa ser mais constante na marcação, como foi no Atletiba.
3-5-2 com dois volantes

Geninho cogitou essa formação no Atletiba. Jairo entra no meio, ajudando Valencia na marcação. É uma dupla semelhante a Hélcio e Fernando Miguel, que Geninho usou com sucesso no Paraná campeão da JH. Valencia teria mais liberdade para sair, enquanto Jairo ficaria na pegada.
Julio dos Santos avança um pouco mais, armando o jogo mais perto do ataque. E Ferreira volta a ser o jogador para encostar no centroavante, como era no time de Ney Franco.
Com dois volantes, Netinho (ou Alex Sandro) e Alberto (ou Raul) podem jogar mais no ataque do que na defesa, pois há um volante para cobrir cada um. Na zaga, uma experiência que Geninho já anunciou que fará: o uso de Rafael Santos, zagueiro de origem, ao lado de Rhodolfo e Antônio Carlos.
4-4-2 com 5 duplas

É a escalação aos pares, tão comum no futebol brasileiro: dois zagueiros, dois laterais, dois volantes, dois meias, dois atacantes.
É uma opção mais conservadora. Como tem dois volantes, até é possível manter Alberto pela lateral-direita. Se o time precisar de marcação, entra Douglas Maia. Se a opção for por saúde e ofensividade, aposta no Raul. Estas duas últimas características justificam Alex Sandro do outro lado.
Pelo meio, Geninho pode tanto optar por um armador pela esquerda (Netinho) como por um ponta-de-lança (Ferreira). No ataque, também duas possibilidades: um homem de área (Rafael Moura) e um de velocidade (Júlio César, ou quem sabe Preá), ou um homem de área (Rafael MOura) e um atacante de aproximação (Lima).
4-4-2 com losângo

É a hipótese que mais me agrada. Raul (ou Nei) e Alex Sandro têm vitalidade suficiente para ir ao ataque e voltar na marcação. Algo fundamental, pois o meio ficaria mais leve, com só um jogador de pegada (Valencia); dois meias mais abertos (Julio dos Santos e Netinho) para tabelar com os laterais, mas também ajudando na marcação; um armador avançado, com liberdade de ação (Ferreira ou Marcinho); e o ataque com uma referência (Rafael Moura) e um atacante de aproximação (Lima ou Ferreira).
Essas são algumas opções. Geninho, certamente, tem muitas outras (e bem mais capacidade para fazê-las sair do papel). E vocês, o que acham que o Atlético deveria experimentar nesse rodízio.