Henry Miléo/Agência de Notícias Gazeta do PovoHenry Miléo/Agência de Notícias Gazeta do Povo
O Coritiba, de Enrico, venceu mais uma contra o Operário e continua isolado na liderança

O Coritiba sofreu para derrotar o Operário. Se o primeiro tempo obrigatoriamente tivesse de ter um vencedor, seria o Fantasma, que mandou bola na trave, fez Édson Bastos trabalhar muito. No início do segundo tempo, Marcos Aurélio fez o gol e o jogo acabou por ali, com o Operário e a partida sob controle.

Se a atuação ainda deixa o torcedor com a dúvida de como será o Coritiba contra um adversário mais potente, revela o clube na metade do caminho de uma marca histórica. Com mais seis vitórias, o Coxa iguala o Atlético de 2008, dono da maior série de triunfos em uma única edição do Paranaense.

O caminho é longo, claro. Mas foi a essa altura, em 2008, que o amigo Cahuê Miranda, na Tribuna, foi o primeiro a escrever sobre o possível recorde. Ninguém acreditava, mas deu certo.

Serviu para resgatar a história do Furacão de 49, algo que a geração Arena conhecia e valorizava bem menos do que deveria. De prático para aquele time teve pouca utilidade. Ney Franco conseguiu motivar o elenco a superar o recorde, mas não o fez entender que somente o título daria sentido àquela série de 12 vitórias. Perdeu o campeonato em casa, não sem antes ser tocado da Copa do Brasil pelo Corinthians-AL.

Agora, Ney Franco tem a chance de igualar a si próprio. Seria uma dose necessária de autoestima que o Coritiba tanto precisa diante da forma como foi rebaixado.

Mesmo que não consiga (e acho que não consegue, pois o Coxa ainda terá os clássicos e o bom Iraty no caminho), é fundamental que Ney tenha aprendido a lição e mostre ao seu time que acima de séries e recordes estão o título e a oportunidade de montar um Coritiba capaz de subir.

Goleada rubro-negra

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Manoel se antecipa a Catatau e faz o segundo gol do Atlético após cruzamento de Netinho

O Atlético aplicou sua segunda goleada no campeonato. Fez 4 a 1 no Cianorte com a mesma tranquilidade dos 8 no Serrano. Em competição desnivelada como o Paranaense, golear é obrigação dos grandes, nada de extraordinário. O excepcional está nas vitórias suadas, que escancaram o quanto nossos times são fracos.

O caminho para a goleada foi aberto com dois cruzamentos de Netinho. Um aproveitado por Rhodolfo, outro por Manoel. Poderia ser Paulo Baier na cobrança. Ou Alan Bahia na conclusão. Pouco muda.

Desde 2008 essa é a única jogada que o Atlético tem. Ainda bem, pois livrou o time de poucas enrascadas. Uma pena, pois desde 2008 o Atlético faz pouco além de se livrar de enrascadas.

Caso eu não tenha sido claro…

Reli o texto e vi que pode dar a impressão de que eu acho uma Coritiba uma maravilha e o Atlético uma porcaria. Negativo. Os dois são fracos. Como já escrevi, o Coxa tem problemas crônicos na defesa. Também sofre com a falta de atacantes. Ainda não tem time para subir.