A Portuguesa, adversária do Coritiba hoje à noite, busca seu segundo acesso na temporada. No primeiro semestre, passou da Série A-2 para a A-1 do Campeonato Paulista. Retorno que ganhou documentário, produzido pela Quero-Quero Filmes, O Caminho dos Campeões, e que merecerá versão estendida em 2008 para concorrer em festivais de cinema.

Não vou entrar no mérito de quão patético é fazer um filme para celebrar a volta da segunda para a primeira divisão estadual. Mostra como é chatinha e pequeneninha a tal da Lusinha.

Valor fuebolístico à parte, o vídeo parece ser bacana, como mostra o teaser aí embaixo. Graças a Vágner Benazzi, rei do acesso no futebol paulista e técnico da Lusa. Em entrevista à Folha de S. Paulo há dois meses, o diretor Eduardo Barioni o chamou de “Brando de Osasco”.

Deixando os exageros de lado, Benazzi é o personagem central dessa Lusa. A alma de um time forte, jovem e que chega junto sim. A intensidade do treinador é tamanha que seus palavrões obrigaram o filme a ser enquadrado como inadequado para menores de 12 anos.

Onde quero chegar com isso tudo? Benazzi poderia ter sido o técnico do Coritiba neste ano. Esteve muito perto de acertar com o Coxa, mas preferiu renovar com a Portuguesa, clube que havia livrado da Série C do Brasileiro no ano passado. O que mostra como a atual diretoria conseguiu queimar o filme Alviverde nos anos da desgraça de 2005 e 2006.

Benazzi certamente teria dado certo no Coritiba. Afinal, sua essência é a mesma de René Simões. Sabe unir o grupo, trazer o torcedor para o seu lado e montar um time bom o bastante para subir sem muito susto. A diferença está no estilo. Sairia o ar acadêmico do Robin Williams da Baixada Fluminense, entraria a paixão do Brando de Osasco.